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quarta-feira, 30 de junho de 2021
Agradecimentos...
domingo, 20 de junho de 2021
Céu, mar e vegetação gotejados de chuva
Hoje foi dia sensaborão, não fosse a foto um registo de alguma animação, ainda sem o cheiro nem o calor do verão.
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Gestos de quem se gosta
Num ano particularmente difícil, continuei a ter a felicidade de estar acompanhado daqueles que, dia-a-dia, me souberam respeitar; me tiveram em mente, apesar de algumas ausências; me fizeram sentir grato, ganhar forças e ver que, na medida do possível, colaboravam com o lema do "trabalho, trabalho e mais trabalho". Uns pela qualidade demonstrada, outros pelas descobertas conseguidas, uns mais pelos erros cometidos que também ajudavam a ensinar, outros ainda pelos comentários que (no fundo da sala, em surdina, mas com voz bem reconhecida) permitiam construir cumplicidades e afinidades além do estatuto e do papel devidos, sem esquecer os que reservada e timidamente assistiam ao espetáculo de todos... esta foi a soma construída que nos foi aproximando.
Citaram-se alguns versos de uma ode camoniana (Ode IX):
«Porque, enfim, tudo passa;Não sabe o Tempo ter firmeza em nada;E nossa vida escassaFoge tão apressadaQue quando se começa é acabada.»
É tão clara a certeza do que é esperado! Obrigado, por terem estado comigo. (E mais não digo, porque sabem bem quem são).
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Novo conceito de rua
Qualquer semelhança com as pistas dos carrinhos de choque das festas talvez não seja mera coincidência.
quinta-feira, 10 de junho de 2021
Do melhor e do pior que a mulher tem
Perdoe Camões este abuso nas suas rimas, mas são tempos em que o jogo poético se desconstrói na redescoberta de leituras dos versos, em interação com outros poemas - uma forma de lembrar o escritor numa rede de aproximações com a escrita criativa (do próprio e de outros que nele se revejam).
quarta-feira, 9 de junho de 2021
A um dia de Camões...
Fica a obra para lá do tempo da vida; fica a voz lírica que nos "canta" um poema "em verso humilde celebrado", com "agreste avena ou frauta ruda" (para não confundir com o "som alto e sublimado", o "estilo grandíloco e corrente", com "tuba canora e belicosa" no jeito épico).
Mote: Descalça vai para a fonte
Leanor pela verdura;
Vai fermosa e não segura.
Glosas ou voltas:
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata.
Sainho de chamalote;
Traz a vasquinha de cote.
Mais branca que a neve pura;
Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
Cabelos d' ouro o trançado,
Fita de cor d' encarnado,
Tão linda que o mundo espanta;
Chove nela graça tanta
Que dá graça à fermosura;
Vai fermosa e não segura.
segunda-feira, 7 de junho de 2021
Para lá da simpatia...
Há que contentar com o gesto simpático!
De resto, nada mais se pode pedir, quando se escreve mal.
Certo é que 'pôr' tem acento gráfico (circun-flexo) na sua grafia. O mesmo não sucede com os com ele formados ou a ele fonicamente asso-ciados na sílaba final de verbo, na forma do in-finitivo - como 'ante-por', 'compor', 'contra-por', 'descompor', 'dis-por', 'expor', 'impor', 'propor', 'repor', 'supor' e afins -, conforme já o indiquei em aponta-mento anterior.
Se o contraste 'por' (preposição simples) / 'pôr' motiva a distinção gráfica, o mesmo não sucede com os restantes termos atrás mencionados. Sublinhe-se o facto de estar a considerar-se formas verbais no infinitivo (o que nada tem a ver com as formas conjugadas, como 'antepôs', 'compôs', 'contrapôs',...).
Tipicamente as palavras terminadas em 'r' são agudas e não requerem acentuação gráfica - eis a razão para o infinitivo dos verbos e, por conversão, as formas nominais / nominalizadas não apresentarem acentos.
Agradeço o gesto, portanto, mas ficaria mais grato pela ausência de acento.
sexta-feira, 4 de junho de 2021
Não é "d'oiro", mas é "doirado"
Tudo em busca da base da palavra (embora eu preferisse o "oiro").
Siga-se o raciocínio de onde uma palavra vem, e lá chegaremos ao resultado final.
Q: Olá, Vítor. Qual é o processo de formação da palavra "doirado"?
O doirado da paisagem, com o doirador responsável ao centro.
Não se veja, portanto, o oiro como a origem de tudo na nossa língua, mas o que permite "doirar" e, por sua vez, esta palavra ver o doirado, nomeadamente o que a talha da natureza por momentos ganha (sem ouro; com sol).
Ou seja, "nem tudo o que doira vem de oiro", pelo menos em termos da natureza. "Doirar" entrou historicamente na língua portuguesa pela forma latina "deauro, -are", estando já aqui assumida a palavra base (doirar), a qual virá a dar lugar a 'doirado'.