quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Votos de Boas Festas

       Assim foram os votos para familiares, alunos e amigos.

      Tempo de luz, de aromas e sabores, de uma mesa feita de presenças e ausências. De família, de lar e de luar.









Postal Doméstico - I
(Dezembro, 2008)
VO

     Que o nosso coração seja a estrela-guia
     Para a luz de um sorriso
     A aquecer a noite e a iluminar o dia
     De um Natal com Deus-Menino vivo


      Boas festas, para todos.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Eis como me sinto... com a pausa lectiva!

     Ao final de um período lectivo, mais do que cansado, mas liberto das aulas...

   ... apetece-me gritar, à moda dos Muse, "Feeling good", com o que de mais ruidoso e roqueiro possa ser a versão musical dessa canção pela primeira vez cantada em 1964 (por Cy Grant, no Reino Unido, e, um ano depois, por Gilbert Price, na Broadway, nos Estados Unidos):


FEELING GOOD

Birds flying high you know how I feel
Sun in the sky you know how I feel
Reeds drifting on by you know how I feel
Its a new dawn it's a new day its a new life for me
And I'm feeling good

Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
Blossom in the trees you know how I feel
It's a new dawn its a new day it's a new life for me
And I'm feeling good

Dragonflies all out in the sun
You know what I mean, don't you know
Butterflies are all having fun
You know what I mean
Sleep in peace
When the day is done
And this old world is new world and a bold world for me

Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Yeah, freedom is my life
And you know how I feel
Its a new dawn its a new day its a new life for me
And I'm feeling good

    Ainda que mais conhecida pela versão da cantora americana Nina Simone (que regravou a composição em 1965, para o álbum I Put a Spell on You), a dos Muse tem a sonoridade do rock alternativo inglês proposto no álbum Origin of Symmetry (2001). Mais batido, mais irreverente e com mais impacto. 

     Não é de época natalícia, mas a sensação de libertação é a que associo a esta canção.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O mais lindo poema de Natal

      No final do primeiro período lectivo, com os alunos de 12º ano a descobrirem o poema de Natal mais bonito que o professor quis partilhar: o do nascimento de Jesus Cristo (mais humano, menos transcendental) num meio-dia de um fim de primavera.

      Li-lhes o poema VIII de "O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro, anunciando-o como o poema natalício mais bonito que havia encontrado.
     Ouviram-no, na totalidade, entre o silêncio do respeito poético e o riso que os aproximaram de tão bela criança, tão marcada pela mensagem de vida.
      Ficam aqui alguns desses versos, na voz de Maria Bethânia:


      Outros ficam em falta, a motivar o reencontro com o texto:

"...
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca."


      É verdade: ainda se riram, no princípio (pelo inusitado, pela traquinice, pela ousadia, pela dessacralização); no final, deram conta do(s) verso(s) que mais os cativou (cativaram), justificando a selecção feita. Há palavras, ideias atractivas aos homens.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Caso de um Portefólio de Escrita

     Considerado o cenário de construção de um portefólio, orientei-o para a escrita. Mais do que muito e impraticável, prefiro pouco e com algumas evidências de evolução.

        Segue-se o exemplo de alguns passos que considero importantes:

1. Começar por delinear um roteiro de acção (com as condições de implementação da acção, uma descrição sumária da actividade), familiarizando os alunos com um modelo de escrita bem como uma sinalética de correcção, para posterior trabalho de reescrita e revisão);

2. Exemplificar um caso de evolução, nas suas múltiplas fases (a inicial, a intermédia e a final);

3. Implementar modalidades de avaliação, e classificação (atentas à processualidade implicada na escrita).

       Dá trabalho, é verdade; mas, como o acompanhamento é individual e com um(a) aluno(a) por cada aula, sempre é melhor do que corrigir vinte e muitos exemplares de uma só vez (no caso de uma só turma!). Além disso, a evolução (a julgar pelo exemplo facultado) tem evidências claras. E de ano para ano, então, a diferença é ainda mais visível.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Uma despedida feita de reencontros...


      Tempos que se anunciam futuros, nem sempre conforme se quer.

      Há decisões que são difíceis de tomar, mas sempre suportáveis quando no caminho a fazer há amigos.


Aos meus amigos do 10º 1 (hoje 11º1)
e
À Maria José Peixoto




Se apenas seguisse o meu coração,
agarrava-me ao sim; saiu-me um não.
Da razão, tivesse a luz… e a paz
que o vitorioso consigo traz…

Decidi. E vencido e magoado,
fiz dessa razão bandeira sem vento;
búzio surdo ao mar; vigia apagado.
Tanto pensar para tanto lamento?

A vida separa… mitiga a dor…
brilha de novo o sol… aquece a cor.
E os afectos revêem-se tão perto,

e eu sei que na decisão acerto
quando, entre tanto humano calor,
se aproximam amigos de valor.

Gondomar, 15 de Setembro 2008

       Tempo de seguir em frente.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

1º Encontro de Linguística de Gondomar

     Um encontro de Linguística... e uma Festa da Língua! E que festa!

     O Clube da Oficina da Língua da Escola Secundária de Gondomar, sob a iniciativa da Dolores Garrido, da Glória Poças e da Idalina Ferreira e com a colaboração do Departamento de Línguas Românicas, decidiu levar a cabo (e em boa hora) a organização do 1º Encontro de Linguística de Gondomar.
      Muitas escolas do concelho participaram na iniciativa. Um bom momento para se dar conta do que se vai fazendo por estas terras em prol da nossa língua e no convívio crescente dela com outras que já se fazem ouvir no espaço escolar.
      O convite para apresentar uma comunicação honrou-me. Fica aqui o registo do meu contributo.
      Transmitir as palavras que Mário Cláudio fez chegar ao encontro foi uma responsabilidade e um prazer acrescido: emprestar uma humilde voz ao pensamento elaborado e conceituado de um grande escritor (que também cita outros grandes como ele).


Momento da leitura do texto de Mário Cláudio, 
na companhia do Dr. Joaquim Barbosa, 
um dos oradores do encontro.



Fraternidade


   Só quem diariamente convive com a Língua Portuguesa, perscrutando-lhe os segredos, deduzindo-lhe os impulsos, e agradecendo-lhe as pequenas lucilações do génio, ou as penumbras subtis da alma, alcançará realizar de que humaníssima verdade se tece todo um património imaterial. Corpo vigoroso, mas vulnerável, o português que falamos e escrevemos declina a nossa própria condição, de seres que procuram quanto lhes couber na herança de uma eternidade. Se não bastar isto ao amor que lhe dedicarmos, e que mais se nutre do sentimento partilhado do que da repetida lição, que conte ao menos o afecto com que soubermos viver esse “juvenil ressoar de abelhas”, essa “graça súbita e felina”, ou essa “modulação de vagas sucessivas e altas”, que Eugénio de Andrade ouviu nos versos de Luís de Camões.
                                                                                        Mário Cláudio

     Por várias razões, foram dois dias marcantes na companhia de pessoas amigas, muitos conhecidos e outros que se deram a conhecer pelo que são e pelo que fazem. Fez-me lembrar velhos tempos, o gostinho de iniciativas que fazem aproximar pessoas, profissionais. Criar laços.