Na impossibilidade de as quatro o fazerem, a Arruada de Abril pela Liberdade cumpriu-se esta manhã.
Na base do trabalho desenvolvido desde o início do ano letivo, bem como das reuniões que permitiram a articulação e a planificação possíveis das atividades com os diferentes departamentos curriculares e grupos disciplinares, no âmbito do tema do Plano Anual de Atividades do Agrupamento ("74:24 - o que cabe em 50 anos"), foram muitas as iniciativas contempladas, na diversidade de propostas e na participação em atividades que marcam distintivamente este ano letivo.
A propósito da celebração do 25 de Abril (que propositadamente maiusculizo), as múltiplas expressões planificadas refletiram iniciativas mais ou menos individuais compaginadas com outras de natureza mais agregadora. Neste último sentido surgiu a "Arruada pela Liberdade" na véspera dessa "madrugada" por que muitos ansiaram e lutaram; que Sophia poetizou; que se viu festejada em clima e regime democráticos, hoje vividos no caminho cinquentenário trilhado. Das escolas ao largo do município, preencheu-se o caminho com alunos, professores, assistentes, acompanhados pela polícia que se empenhou também para o sucesso do evento. O público que assistia sorria, gritava pelo 25 de Abril, buzinava (ora pela paragem do trânsito ora pela identificação com a democracia conquistada), vinha às janelas dos prédios bater palmas. Algum deixava-se levar pela emoção denunciada no brilho dos olhos.
50 anos depois, recriam-se alguns sinais do movimento histórico na "Arruada pela Liberdade"
Com o apelo à participação de todos nesta iniciativa, testemunhou-se como, em terra de "Tanto Mar", se cumpriu "a festa, pá!", passando-se aos alunos a mensagem do vivido e que estes puderam realizar / representar, enriquecer graças à intervenção de muitos e de uma equipa que coordenou o projeto. A Presidente da Câmara e outros representantes do município também contribuíram para um dia que se faz de memória(s) e de projeção contínua dos valores de liberdade, democracia, respeito, educação.
Tempo para lembrar uma revolução, na qual as armas e as máquinas de guerra que a sinalizaram e que recordamos não lançaram balas; tiveram cravos plantados pelo povo que somos, na afirmação da paz que qualquer ser humano deseja para o mundo.
Como o disse Chico Buarque, "foi linda a festa, pá! Fiquei contente!". Fica um "cheirinho de alecrim" para todos, com a gratidão que se impõe pela participação diversa e responsável.