Assim começou o dia, citando as palavras de Ary dos Santos.
Retomada a prática letiva em pleno mês de abril, celebrou-se um dos dias que, há cinquenta anos e entre muitos outros dias, no silêncio estratégico e agregador, deu expressão à liberdade e à democracia, tão queridas ao poeta citado.
Num incentivo à mudança, com as cores da esperança, cumpriu-se Abril (sim, com maiúscula, pela simbologia convocada). Também podia ser Maio (de novo, com maiúscula), enquanto marca de tempo inspiradora para revoluções (a de Maio de 68 ou outra), voltadas para a melhoria e para o bem comum da humanidade:
Declamação do poema "O Futuro", de Ary dos Santos (in O Sangue das Palavras, 1978)
Veja-se na palavra poética o movimento dos tempos, das pessoas, dos caminhos feitos com valores de participação, de esforço, de trabalho (ou não seja este um poema pertencente ao "Tríptico do Trabalho" - formado por "O Futuro", "A Terra" e "A Fábrica").
Estes vão ser os dias, as semanas, o mês de abril, que cabem em cinquenta anos de democracia (a bonança), surgida de uma penosa ditadura (tempestade), para dar lugar ao desenvolvimento, à construção de um regime, de um povo, de um país.
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