Até podia citar o poema de Saramago "Não me peçam razões, que não as tenho"; e, na verdade, não as tenho mesmo.
A razão do pedido 'Não me peçam...' é forte, por haver razões que a própria razão desconhece. Muito longe da qualidade linguística desejável, deparo com um cartaz arrasador, na cor e no erro:
É de louvar o agradecimento, mas não me peçam para ser compreenSivo, quando não é compreenSível não saber escrever 'compreenSão'. Bastaria pensar nas palavras destacadas, e noutras da mesma família (compreenSibilidade, compreenSiva, compreenSivamente), que o erro ficaria resolvido. Um só 'S' faz a virtude, a correção. O que está a mais resulta em excesso (este, sim, com duplo grafema).
Há momentos em que sou definitivamente dominado pela incompreenSão.