sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2021... vai-te!

       Chegado ao último dia do ano (que não deixa saudades), ficam as cores de mais um pôr do sol.

     A paisagem marinha inspira: a origem da vida, a liberdade dos voos que queiramos dar, a luz no horizonte, o sombrio dos tempos e dos perigosos rochedos.

O último pôr do sol de 2021 - Canidelo (Foto VO)

      De tudo isto se fará, por certo, 2022. De tudo o mais se faça ainda cada novo dia, sempre com a nota positiva do que nos faça viver, aproveitando as cores da natureza.

       Para todos, um oceano de muita saúde com muitas ondas de alegria e cores quentes no horizonte. Bom ano!
 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Nossa! Que desgraça!

      Podia referir-me, por certo, ao número terrível dos infetados.

   Quase 27 mil é número assustador (e ainda se prevê mais para a primeira semana de janeiro)! Todavia, há mais uma epidemia a grassar nas notícias:

A prova da desgraça (no presente a referir-se ao futuro do conjuntivo)!

     Quem escreve a nota para a SIC Notícias precisa seguramente de umas aulas de Português, para saber conjugar o futuro do conjuntivo de 'manter'.
       Certo que há verbos em que a distinção é difícil de perceber pela forma da palavra - só a construção sintática a permite ('para trabalhar' > infinitivo / 'se trabalhar' > futuro do conjuntivo; 'para comprar' > infinitivo / 'se comprar' > futuro do conjuntivo; 'para correr' > infinitivo / 'se correr' > futuro do conjuntivo;  'para subir' > infinitivo / 'se subir' > futuro do conjuntivo). O mesmo não sucede com verbos marcados pela irregularidade ('para ir' > infinitivo / 'se for' > futuro do conjuntivo; 'para pôr' > infinitivo / 'se puser' > futuro do conjuntivo; 'para trazer' > infinitivo / 'se trouxer' > futuro do conjuntivo; 'para saber' > infinitivo / 'se souber' > futuro do conjuntivo). É o caso de 'ter' e 'manter'. Fosse a construção 'no caso de se manter' (o que seria desejável, para evitar a duplicação de 'se') e nada haveria a dizer; não foi, lamentavelmente, o cenário escolhido.
       Portanto, 'se se mantiver' era o que devia ser lido, mas, para tal, era preciso que não se escrevesse mal (e quem escreve assim ou não fala diferente ou ignora regras gramaticais elementares - o que resulta, em qualquer dos casos, em erro declarado).

       Temo que, no caso, a epidemia da ignorância da língua precise de uma vacina bem eficaz, para se superar a calamidade evidenciada. E não é só nas notícias!

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Final do dia... às dezoito!

       Quando dizem que os dias vão crescer...

       Uma tela de céu,
       Um sol que se foi,
       Uma luz que persistiu,
       Mais o escuro que se arrolou.
       Eis o que o olhar viu:

À espera que os dias cresçam (Foto VO)

       Sombras chinesas de uma natureza
       tão à mão, tão versátil, tão diversa na sua riqueza.

       Cresçam, cresçam... com luz e sol!

sábado, 25 de dezembro de 2021

Logo a seguir ao Natal

     Depois do Natal, as más notícias.

   É o mau tempo em Salvaterra de Magos; a chuva que vai piorar; o discurso do papa a focar diversos temas críticos contemporâneos (crise, conflito, violência, padecimento, abandono) - falar em nome do conforto, da luz, da paz, de valores e direitos ainda não é para toda a Humanidade.
    Em escala bem diferente, por certo, também no uso da língua não há respeito. Num só canal e num só programa noticioso, há de tudo:
. o anúncio do habitual discurso papal à cidade e ao mundo (Urbi et Orbi):

Imagem televisiva captada da CNN Portugal - I (Foto VO)

A palavra 'bênção' inexplicavelmente perde o acento gráfico necessário à sílaba tónica (grave), para que esta não seja identificada com a sílaba final terminada em som nasal.

. as medidas de contenção, com a evolução da pandemia:

Imagem televisiva captada da CNN Portugal - II (Foto VO)

O plural das palavras agudas terminadas em 'l' grafa-se com acento gráfico na última sílaba, não na anterior (portanto, devia ler-se 'hotéis' e não o que está escrito na foto).

. direto do discurso de Francisco I (do meio e no fim):

Imagem televisiva captada da CNN Portugal - III (Foto VO)

Como que por milagre, 'bênção' passa a estar bem escrito,
assim que começa o discurso do Papa, transmitido em direto.

Imagem televisiva captada da CNN Portugal - IV (Foto VO)

No final, volta-se à desgraça do erro - tirando o acento indevidamente.
Digamos que ficamos com a bênção incompleta.

    Quando se faz a festa de abertura de um recente e novo canal televisivo, tão propagado na qualidade e no rigor jornalístico, bem fora que tal se fizesse acompanhar da qualidade da escrita.

     Há uma espécie de vírus, na comunicação escrita jornalística, que também, parece não ter fim - teste de resiliência à desgraça ortográfica.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Está para chegar mais um Natal

       Dizem, porém, que este ainda não é o tal!

       Ficam os votos de que o façam especial.

Votos natalícios, com postalinho "personalizado" (Foto e texto VO)

         Evitem o "morcom" (como chamam ao ómicron, e bem, cá no Norte) e livrem-se de tamanho mal.

      Boas festas para todos os amigos - os virtuais, os virtuosos, mais aqueles que dão à amizade um sentido mais pleno, mais real.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Histórias de fadas com verdade(s) para crianças e adultos

     Sentidos pedagógicos de muitos livros para crianças residem na mensagem para todas as idades.

    Tive já oportunidade de referir como a literatura para jovens e crianças é frequentemente associada ao mundo adulto. Senti-o na mensagem lida de As Fadas do Bosque das Cores e das Estórias - um livro que mostra como um mundo dividido às cores é seguramente mais pobre do que o profuso colorido do bosque; como o diferente também atrai e se descobre; como as fadas também são humanas na(s) aprendizagem(ns); como ler e ouvir histórias é oportunidade para criar laços, partilhar, comunicar / comungar valores.

As Fadas do Bosque..., de Dolores Garrido - I 

     Se, no início, está tudo ordeiramente arrumado num conformismo sem aventura, tudo muda, a determinada altura, abrindo-se novas perspetivas - é tempo de (re)aprender. Até porque grupo formado não quer ver ninguém afastado, mesmo quem, às vezes, na cor diferente que tem, se quer afirmar pela individualidade a que tem direito:

As Fadas do Bosque..., de Dolores Garrido - II

   Em cerca de sessenta páginas, valoriza-se a diversidade, a inclusão, a memória, a preservação, as mudanças do(s) e no(s) tempo(s), o sentido da descoberta e da alegria. Lembra-se que tudo o que é bom não apaga o seu reverso:

As Fadas do Bosque..., de Dolores Garrido - III

    Porém, tudo pode dar lugar a um novo ciclo:

As Fadas do Bosque..., de Dolores Garrido - IV

As Fadas do Bosque..., de Dolores Garrido - V

    Tal como as árvores que da raiz e do rebento chegam, por renovação, à alta copa, o significado da amizade ganha contornos mais amplos, múltiplos, diferenciados, caso se queira fazer desta procura, aproximação, vivência plural, em visão e acolhimento multicolor num só arco (de renovadas e diferentes íris) e num só bosque (a que todos pertencemos).

As Fadas do Bosque..., com ilustrações de Cristina Pinto - VI

     Em tempos de tolerância, diversidade e inclusão em constante (re)construção, o arco-íris do "vermelho lá vai violeta" (vermelho-laranja-amarelo-verde-azul-anil-violeta) recria-se num bosque cheio de letras, artes e cores: o castanho-amarelo-azul-verde-vermelho-rosa-roxo das sete fadas, que revelam a magia de aprender com e quais seres humanos.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Adele no seu melhor

      O concerto em Los Angeles, difundido na RTP2, ontem.

     Um espetáculo construído a partir do exterior do Observatório Griffith, com a cantora a apresentar os seus sucessos e novas melodias do seu mais recente álbum (30) - ingredientes para êxito garantido no Adele - One night only. Transmitido pela CBS a 14 de novembro, chega a Portugal cerca de um mês depois.
     Toda a ambiência criada, numa espécie de concerto íntimo, privado (para amigos, familiares e alguns convidados), num anfiteatro ao ar livre, revelou-se espetacular (ou não se tratasse de um espetáculo), no jogo de luz (com reflexos, projeções e sombras), na localização e na panorâmica, na orquestração, no coro, na composição de todo o evento! Começando com Hello e culminando com Love is a game, esta foi a oportunidade de assistir à voz e interpretação poderosas e deslumbrantes da artista britânica. Entre os temas anunciados como inéditos, mas hoje já tomados como hits, ouviu-se Easy on me ou I Drink Wine. Juntaram-se composições já conhecidas desde o álbum de estreia 19 (caso de Make you feel my love), nomeadamente a que deu voz a um dos filmes de James Bond.

Segmentos do espetáculo Adele - One Night Only

      Um final de tarde que deu em pôr-do-sol, noite de cores e luzes, mais uma estrela que encantou o público que assistia ao show. Um programa entusiasmante (o que seria se fosse ao vivo em direto)!
       
      O programa televisivo faz-se acompanhar de alguns segmentos de entrevista exclusiva, conduzida por Oprah Winfrey, na qual Adele deu a conhecer alguns aspetos do seu percurso de vida pessoal e profissional.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Caminhos naturais

     Depois da caminhada e do registo fotográfico, umas parcas linhas.

     Podia ser uma fita de cinema, mas saiu escrita para poema. E, assim, deixam de ser linhas e passam a versos (sem reverso).
     
       CAMINHADA

Há um caminho, um trilho,
atravessado por um riacho
que, antes de ser rio, chega ao mar. 
É neste que pouso o meu olhar.

Entre areia, pedras e rochedos,
limpo-a dos pés;
pontapeio-as a cada passo;
sento-me neles a descansar.

(Instante para pensar.)

Estou mais alto, mais perto do céu.
Limpo-lhe as nuvens, seco-lhe a chuva.
Deixo ficar o azul.

Esqueço tudo o resto.
Lavo a alma de qualquer dor ou protesto.

Fecho os olhos, ergo a cabeça, sorvo o ar.
Salga-se a mente. Vou adiante.

Para trás fica o que foi.
Da ventura não vou atrás
(por não ser certa, ser incapaz.)

Sigo com céu e mar.

   Assim o afirmava António Machado, poeta castelhano, no livro Campos de Castilla, numa estrofe de "Proverbios y cantares": "se hace camino al andar" (traduzindo: "o caminho faz-se caminhando").

      Nada como continuar a tirar as pedras do caminho. E ver que há razões mais fortes para caminhar.
      

sábado, 11 de dezembro de 2021

Já chega! Lá se vai a resiLIência!

         Nada mais parece ter acontecido no país, neste dia.

        A sistemática e repetitiva notícia de o antigo presidente do banco BPP ter sido detido na África do Sul já satura. E diz-se onde estava, de onde veio, por onde passou, como foi surpreendido, se vai ou não ser extraditado, o que vai ou não vai acontecer e até o que pode (ou não) ser a evolução próxima da situação. 
        Entre o que acontecido e o hipotético, tudo se diz, se comenta, se critica e se escreve... mal:

As legendas da desgraça, com a CNN (ou de como a RESILIÊNCIA está fraca)

      Já chega de tanto falar no mesmo assunto, que ainda vai garantidamente render (ou não fosse o detido 'Rendeiro') para os próximos tempos. Já agora, chega também de não ter cuidado naquilo que se dá a ler.
      Seja a origem inglesa (resilience) seja latina (resilio), está lá o 'i' (após o 'l') que falta à CNN - fundamentos etimológicos que nenhuma 'breaking news' poderá esquecer (basta ouvir com atenção o senhor Diretor Nacional da Polícia Judiciária). Que se cite bem o que foi bem dito, e resultou mal escrito.

      Isto da RESILIÊNCIA tem muito que se lhe diga. É preciso ser mesmo resiliente, para aguentar tanto mau uso e desatenção na língua (mesmo em jovens canais televisivos). Esperemos que seja uma mera gralha.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Revivalismos infantis... ou de infância

     Há momentos que se revelam pelo insólito.

    É o caso de se estar a apresentar o mito de Tristão e Isolda, falar-se de que há várias versões da história, nomeadamente as que estão para lá dos livros - por exemplo, as de filmes.
    Quando se propõe a verificação deste cenário com outras grandes obras literárias, entre os múltiplos exemplos, vem à coleta a referência a Alexandre Dumas e Os Três Mosqueteiros (1844). A par das personagens Athos, Porthos e Aramis, não fica esquecido D'Artagnan, o quarto mosqueteiro, que o romancista francês tornou famoso numa trilogia narrativa (com o já citado romance, mais Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelone), cuja intriga versa os reinados de Luís XIII, Luís XIV e do período da Regência instaurado entre estes monarcas. Surge, assim, a menção a alguns exemplos cinematográficos, até que, num registo cómico, aparece a adaptação televisiva infantil do D'Artacão (e dos três moscãoteiros).
     Foi o mote para, lembrados da série tão comum a várias gerações, os alunos fazerem ouvir o trautear de uma melodia que lhes é familiar:

Genérico da série infantil "D'Artacão e os Três Moscãoteiros" (dos anos 80 do século XX)

      Recordados o lema do 'Um por todos, todos por um' mais o amor da Julieta, deu para rir; também para lembrar a música, a animação, o prazer desses instantes.

     No inesperado de uma aula, foram revividas memórias - que, por certo, deram alguma felicidade. Soube bem trazê-las para o presente.

sábado, 4 de dezembro de 2021

Com um bosque por cima das cabeças...

       Foi, assim, a tarde de hoje, num lugar de arte e onde tudo pode ser possível.

     No Lugar do Desenho, de Júlio Resende, aconteceu a apresentação de As Fadas do Bosque das Cores e das Estórias, de Maria Dolores Garrido, livro com ilustrações de Cristina Pinto, publicado sob a chancela da Editorial Novembro.
      Se a editora se designa Novembro, o certo é que já estamos em dezembro - um mês no qual muita coisa acontece, inclusive um bosque a pairar por cima das nossas cabeças, tal como uma foto do evento o dá a ver:

A mesa da apresentação: representante da Fundação, representante da editora, 
Dolores Garrido, Idalina Ferreira, Cristina Pinto (Foto VO)

     Um projeto de Cristina Pinto para marcar o momento com a fantasia e a magia necessárias ao universo criado no livro de Dolores Garrido: o de um bosque onde a alegria e a felicidade são trazidas pelos meninos; onde a magia se faz sem varinhas de condão; onde as árvores mais bonitas não são de uma só cor; onde a vida é feita da graça e do seu contrário. Na descoberta desse bosque, abrem-se os horizontes do cuidado, da solidariedade, da diversidade, da união que não esquece a liberdade e a individualidade e se constrói a cada reconciliação. 
A obra apresentada como "um dos livros mais bonitos da editora"
      Assim se compõe a paleta de cores da amizade, num livro feito de palavras "bem juntinhas aos desenhos / pra tudo melhor contar". E também há música, e dança, e festa, e voz(es).
      A da avó e da narradora é uma delas. Efeitos de voz e/ou de oralidade são explorados (rimas, ritmo, interjei-ções, entoação, sonori-dades, expressões colo-quiais) no texto escrito, num jogo em que o diálogo entre o ler e o ouvir ler se fundem. Daí também a exploração de efeitos fónico-rítmicos, fono-icónicos e/ou onomatopaicos, exercícios de dicção, matizes semânticos e metafóricos de palavras que começam a ser sugeridos e explorados face a um público que está em fase de aquisição de língua e linguagens, de exploração de um potencial que abre portas ao lúdico, ao sonho, à magia, à imaginação, ao possível que sensibiliza e que traduz o universo dos afetos e das emoções espontâneas e expressivas, tão próprias da literatura infantil ou para as crianças.
      Enquanto literatura que propicia a modelização do mundo, a construção de universos simbólicos e de crenças / valores / comportamentos, as fadinhas de todas as cores estão para este livro como o imaginário e o encantatório estão para qualquer ser humano: tão possível, tão próximo, tão acessível às crianças como aos adultos. Afinal de contas, literatura infantil é, acima de tudo literatura - não fosse o facto de muitos contos ditos infantis terem sido narrativas de adultos e para adultos ou, mesmo, a fronteira da literatura infantil e a adulta se encontrar muito esbatida entre clássicos como As Viagens de Gulliver (Jonathan Swift), Rob Roy (Walter Scott), Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll), Os três Mosqueteiros (Alexandre Dumas), Moby Dick (Herman Melville). Mais do que o público leitor e a sua idade, valem os argumentos de se estar perante uma produção que relativiza a realidade (explorando a dimensão do sonho, do imaginário, do fantástico e do maravilhoso, do possível); que explora uma semiose de pluricódigos (dos mais gráficos aos mais simbólicos, passando pelos diversos sentidos físicos a culminar na construção de um universo ficcional, criativo e sugestivo); que ultrapassa o sentido de expectativas dos seus leitores (buscando o âmbito dos afetos, da sensibilidade e dos valores sociais).
       As ilustrações que acompanham frequentemente a linguagem verbal das obras para crianças são o indicador maior dessa bitextualidade e dessa codificação estética que destacam a universalidade expressiva feita de emoções, de sentidos, de manifestações que a arte conjunta ou interartística oferece. Cristina Pinto em muito contribuiu para a beleza da obra hoje apresentada - pela cor, pelo traço, pelo toque de dramatização, de jogo, de diversão, de infância (re)vivida.
       De tudo isto, numa comunicação tão acessível quanto clara (típica de quem muito sabe e partilha), falou Idalina Ferreira na apresentação deste livro com uma imagem e uma linguagem próprias de criança, mas com uma mensagem tão digna e ajustada à vida de adultos.

O momento 'giroflé, giroflá' (Foto VO)

       De toda esta tarde, fica aquele instante do "Fui ao jardim da Celeste / giroflé, giroflá..." que deixou de ser cantado pela fada verde (ou por quem a representou ao vivo, em diferentes gerações) e passou a ser ouvido na voz de uma criança que, entre o público, se deixou encantar pelo momento e foi replicando a cantilena, na sua vozinha cadenciada. Fez os adultos sorrirem e acreditarem no bom que a vida, apesar das adversidades, (também ou ainda) tem.