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quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Quino: criador, crítico, cartoonista
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Tempo de algumas cores
sábado, 26 de setembro de 2020
Da gaivota...
Saber que ter asas é condição para libertar...
Saber a brisa criada, agitada, ao altear...
Não te pude agarrar; pé ante pé, fiz-te ficar
Presa a uma imagem, ainda sem céu para planar.
Seguiste um sem-rumo para te desembaraçar
Do perigo; do medo e dos fantasmas te afastar.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Uma ponte de cores
No enlameado estaleiro da avenida, via-se uma ponte de cores.
Ao final de uma tarde, ainda com sol, mas a chuva anunciada e os trovões a rasgar o céu, surgiu um arco-íris para chamar a atenção e fazer esquecer o cinza das nuvens que se impuseram:
No mar caíam os relâmpagos; nos ouvidos entrava o som retardado das descargas elétricas. E neste espetáculo natural, parecia que estavam a chegar sinais dos deuses para uns tempos que não estão fáceis.
Íris, que nas suas tarefas de mensageira deixava um rastro arqueado e colorido no firmamento, foi uma espécie de arauto divino, segundo a mitologia grega. Bom seria que nos deixasse novas tão multicolores quanto o brilho do pote de moedas de ouro maciço, da mitologia irlandesa, a representar os sonhos que todos temos.
Prestes a terminar o verão, os sinais outoniços vieram mais cedo.
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Fogo na língua!
Em época de incêndios, há fogos muito destrutivos.
Têm sido alguns os que têm assolado Portugal nos últimos anos, a maior parte deles noticiada e reportada como sendo exemplo das maiores catástrofes da Europa.
No meio dos registos que se fazem, outros "incêndios" surgem: os da língua. O último passa em horário nobre (noturno), em pleno telejornal:
Quando na manhã se difunde o "Bom Português", o mesmo canal televisivo, à noite (sublinho, À NOITE), dá o pior dos exemplos. Em cerca de dois minutos, lê-se a mesma legenda, com o mesmo erro... persistente:
Devia ler-se 'à tarde', claro está! A expressão de tempo em causa não implica duração, mas sim a indicação de um turno preciso do dia (à tarde). Só no caso de expressão de duração (do tempo já decorrido) faria sentido escrever com 'h'.
Assim se faz a comunicação no "Somos o primeiro!", em serviço público. A desgraça do incêndio é acompanhada da desgraça na língua. (Com agradecimento à T. de J.)