quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Revivalismos infantis... ou de infância

     Há momentos que se revelam pelo insólito.

    É o caso de se estar a apresentar o mito de Tristão e Isolda, falar-se de que há várias versões da história, nomeadamente as que estão para lá dos livros - por exemplo, as de filmes.
    Quando se propõe a verificação deste cenário com outras grandes obras literárias, entre os múltiplos exemplos, vem à coleta a referência a Alexandre Dumas e Os Três Mosqueteiros (1844). A par das personagens Athos, Porthos e Aramis, não fica esquecido D'Artagnan, o quarto mosqueteiro, que o romancista francês tornou famoso numa trilogia narrativa (com o já citado romance, mais Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelone), cuja intriga versa os reinados de Luís XIII, Luís XIV e do período da Regência instaurado entre estes monarcas. Surge, assim, a menção a alguns exemplos cinematográficos, até que, num registo cómico, aparece a adaptação televisiva infantil do D'Artacão (e dos três moscãoteiros).
     Foi o mote para, lembrados da série tão comum a várias gerações, os alunos fazerem ouvir o trautear de uma melodia que lhes é familiar:

Genérico da série infantil "D'Artacão e os Três Moscãoteiros" (dos anos 80 do século XX)

      Recordados o lema do 'Um por todos, todos por um' mais o amor da Julieta, deu para rir; também para lembrar a música, a animação, o prazer desses instantes.

     No inesperado de uma aula, foram revividas memórias - que, por certo, deram alguma felicidade. Soube bem trazê-las para o presente.

2 comentários:

  1. Os alunos já não serão assim tão jovens, lembro-me dessa música a fazer sentar os meus filhos de imediato. Ou os desenhos animados têm vindo a ser repetidos.
    Tem um bom realizador, Tristão e Isolda. Capaz de não ser mau filme. Os amores funestos são os que ficam e se afirmam maiores que a morte. Ou talvez sejam os únicos que não foram submetidos à prova do tempo, a morte apanhou-os em labareda e nunca saberemos como arderiam em lume brando. São tragicamente bonitos.
    Bom Dia.

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    1. Tristão e Isolda é um bom filme. Os alunos, por norma, apreciam e acabo por lhes pedir que o vejam à luz das relações com a lírica trovadoresca. Geralmente, peço dez aproximações. Em conjunto, acabamos por chegar a mais de vinte.
      Os grandes amores da literatura têm essa dimensão trágica, seja Eros-Psiquê, Píramo-Thisbe, Páris-Helena, Orfeu-Eurídice, Pigmaleão-Galatea, Ulisses-Penélope, Júlio César-Cleópatra,Tristão-Isolda, Dante-Beatriz, Petrarca-Laura, D. Pedro-Inês, Romeu-Julieta, Simão Botelho-Teresa de Albuquerque, Baltasar-Blimunda, só para citar os mais comuns. Daí proliferarem em versões artísticas diversas.
      Obrigado pela mensagem.
      Boa noite.

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