quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ideais românticos

     Assim o escreveu quem no dia de hoje nasceu, em 1799: Joaquim Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett.


in Da educação, 1º vol. (Educação doméstica ou paternal),
Londres: Sustenance e Stretch, 1829, pág. 8


     Passados mais de dois séculos, muito haveria a dizer.
  Diferenciados os contextos mais o sentido de educação da altura; assumidas as distâncias face ao público-alvo, quem não entenderia ou desejaria estas palavras como actuais? Quem não gostaria de se sentir útil e feliz na sociedade?
    Belo exemplo de formação integral (física, moral e intelectual) face a uma actualidade crescentemente marcada por alguma banalização do que sejam alguns sinais de facilitismo, de perversão de princípios, de ilusão e logro social. Um sentido de oportunidades inoportunas e insensatas, tão pautadas por baixo, sem virtude de exemplo ou testemunho; aparências de exigência e de controlo que só iludem os incautos; simulacros de educação, preocupados com rankings, estatísticas... números. Como se a aprendizagem fosse tão pronta, imediata, sem falhas...
      Credulidades!

   Talvez a máxima queirosiana de que "somos invariavelmente românticos" ainda faça todo o sentido.

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