terça-feira, 7 de junho de 2011

À velha Europa.

      Assim são os tempos em que se impõe (alguma) novidade, sem que esta última por vezes o seja.

     Por ora, vai-se sabendo que há umas alterações na convenção ortográfica das maiúsculas e minúsculas, ainda que muitas vezes se tome por novo o que já é antigo.

    Q: Colega, continua-se a escrever a maiúscula de 'Europa'?

   R: Não estranho a pergunta, dada a preocupação que agora existe em saber o que dita o Acordo Ortográfico. As angústias e os cuidados são, para já, alguns; todavia, no próximo ano lectivo, serão maiores por certo.
    No que toca aos continentes, tudo permanece como está (ortograficamente falando; no resto, não o diria).
    Face à tradição, a novidade de utilização de minúscula em início de palavra reduz-se aos seguintes casos (Base XIX - 1º, 2º):
    a) meses (ex.: janeiro, fevereiro, março,...) e estações do ano (outono, inverno,...), à semelhança dos dias da semana;
   b) pontos cardeais e colaterais (excepto nos casos de abreviatura ou nos de referência absoluta, por contraste com as regiões de um país - ex.: Diz-se que os povos do Norte são mais dinâmicos e persistentes / O norte é mais verde do que o sul, em Portugal).

   Lê-se no Acordo que os casos de logradouros públicos, templos ou edifícios admitem emprego opcional na maiúscula / minúscula (ex.: Avenida dos Aliados / avenida dos aliados; Igreja dos Clérigos / igreja dos clérigos). O mesmo sucede com os domínios de saber, cursos ou disciplinas (ex.: Matemática / matemática; Química / química), as formas de tratamento associadas a reverência, cortesia, hierarquia (ex.: Senhor Doutor / senhor doutor; Vossa Santidade / vossa santidade) e as palavras mediais dos títulos (ex.: Jangada de Pedra / Jangada de pedra; Ano da Morte de Ricardo Reis / Ano da morte de Ricardo Reis).    
 
    Assim, as grandes massas contínuas de terra permanecem como Europa, África, Ásia, América e Oceânia, por mais que "flutuem" na crusta.

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