quarta-feira, 4 de abril de 2012

"I have a dream"

     É mais citação do que pensamento próprio (daí a intencionalidade das aspas, para que se dê a César o que é de César - ainda que, neste caso, o nome seja mais 'real' do que 'imperial').






      Há quarenta e quatro anos morria quem proferiu tais palavras: Martin Luther King - nome de um líder negro assassinado em 1968, aos trinta e nove anos, na sequência da sua luta pacífica pela declaração de inconstitucionali-dade da segregação racial dos negros.
     Talvez já ninguém se lembre de histórias como as de uma mulher negra que se recusara a ceder o seu assento no autocarro a um branco e, por isso, foi presa por violar a lei da segregação racial. Hoje, parece enredo de cinema; mas, vivido nos anos cinquenta na América, foi um dos motivos para uma guerra de princípio: a da igualdade do Homem, independentemente da cor, da raça, das crenças.
    O sonho de um dia ver brancos e negros juntos teve um grande passo na sua concretização quando, em 1964, foi aprovada a lei que poria fim à segregação racial. O condicional deveria ser mais pretérito perfeito, não fosse alguma dessa realidade ter sobrevivido até ao presente (branco, negro, amarelo, tanto faz... o sonho, por vezes, revela-se mera miragem).
    O galardoado com o Prémio Nobel da Paz, atribuído em 1964, veio a ser morto por um atirador branco, segundo acusação oficial apontada a James Earl Ray (condenado a 99 anos de prisão). 

      Um exemplo para a Humanidade roubado à vida por um outro homem que não compreendeu que, assim o dizia Luther King, "Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos."

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