quinta-feira, 2 de julho de 2015

Pior a emenda do que o soneto...

     A expressão é típica para as correções mal sucedidas - como a que se dá a conhecer.

    Depois de se ter afirmado que se começou mal o mês, parece que se persiste no sentido do erro. Tudo a propósito de um futuro pronominal mal conjugado, o qual deu lugar a uma sintaxe deficiente na revisão entretanto produzida na página da TSF Rádio Notícias:


Reprodução parcial da imagem na página
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4654449

     Assim fica reproduzida a página citada (na forma que ainda se dá a ler no presente dia, pelas vinte e duas horas), com o meu sublinhado a dar conta de uma frase bastante complexa onde um 'que' deveria atrair o pronome (que não foi atraído, talvez, pela expansão frásica sucessiva). A construção correta é "O ministro da Economia informou hoje a Procuradoria-Geral da República que foi avisado de que um indivíduo (...) se terá aproximado do consórcio vencedor...". Tanto encaixe na construção de todo o período (com quatro linhas) acabou por redundar em erro, fazendo esquecer uma propriedade típica do 'que'; do 'não' e de alguns advérbios mais: antecipar ou antepor o pronome face ao verbo.

      Por estas e por outras é que eu digo aos meus alunos para não construírem frases extensas (com mais do que duas / três linhas no máximo), sob pena de incorrerem em erros desnecessários. Nem toda a gente é Padre António Vieira, que usava frases com mais de sete / oito linhas brilhantemente compostas.

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