terça-feira, 1 de setembro de 2015

A tradição já não é o que era

     A criatividade publicitária, por vezes, ganha contornos muito inusitados.

    Circula pelo Facebook uma foto relativa a um cartaz promocional de produtos alimentícios à venda num rede de supermercados. Ei-la (a fotografia, claro, com a devida apresentação da empresa):


     Isto de chamar ao mamífero lagomorfo uma ave é indubitavelmente coisa de somenos importância para o comum dos clientes, habituado que está a ver o coelho junto dos patos, dos frangos ou das codornizes na secção de talho ou nas arcas frigoríficas. 
     O que interessa é vender as aves frescas, e com desconto. Colocar a mera hipótese de os coelhos serem considerados no grupo de "todas as aves frescas" (ou melhor, de não o serem, destacada a exceção) só deve justificar-se pelo simples facto de..., sei lá..., não serem frescos (sendo definitivamente, para o autor do cartaz, aves, conforme se sugere no uso do quantificador 'todas')! 

   O Continente tem deveras produtos fantásticos: coelhinhos voadores muito valiosos, e talvez mortos ou fora de prazo. Ainda assim, sem direito a promoções nem descontos. Santa ignorância, a grassar na publicidade comercial!

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