Das pontes muito se diz: há que fazer pontes, que muitas vezes estamos como o tolo no meio da ponte, que se vai ter uma ponte, que Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes...
Há uma ponte, rumando ao desejo,
Feita de pontas geradas da terra;
Lança-se ao céu; mas, em pleno festejo,
Entrega-se à margem (nela se cerra).
Saída do chão, pede ao vento a mão
(traidor, por ela passa; causa dor);
do solo recebe dupla acessão
(convite à tenacidade do amor).
Imitando o sol, nascente e poente
(num vaivém que, por tempos, desampara),
Dele afastada, humilde, se sente:
fora da terra, o vento encontrara;
ansiara o céu; porém, assim que amara,
faz-se terrestre em entrega cadente.
É ponte fiel: liga-se ao que vira
no começo de tudo; ao que sentira,
regressa, num futuro que espira.
Uma ponte com duas margens sente…
Nelas se faz gente contra a torrente.
Espinho
VO
... Porque Espinho tem muito mar e é local para muitas pontes.
Gostei muito desta(s) tua(s) ponte(s)!
ResponderEliminarE aqui vai outra a ver se eu percebi esse teu sentir "pontes". Ora vamos lá ver
Mas, esta tua ponte dá canção!
Feita de dualidade,
feita de divisão
carente da unidade
recolhida em cada mão
em cada mão que se estende
em busca de outra mão
fazendo pontes de gente
contraponto da canção...
E depois cheira (a)mar
traz a maresia em arco
embrulhada em rubro vento
rente ao céu de um Espinho
azulino, da terra ciumento!
E como diz outra canção:
"o mar enrola na areia"
e, nesta tua ponte feita mão,
bate doce, sussurrando,
espantando a solidão!
Não tem a qualidade literária da tua! Mas, conta a intenção
Um beijinho,
Até logo e boa reunião! (rimei carago!!!)
IA
É melhor não falarmos de qualidade literária... Ganhas aos pontos.
ResponderEliminarBjs, amiga.