Com o novo Acordo Ortográfico, as estranhezas impõem-se. Tem sido sempre assim.
Q: Como é que agora escrevo assímptota?
R: A estranheza pode surgir, mas a nova grafia limita-se a isso mesmo: nova grafia. Daí aplicarem-se as convenções ortográficas já conhecidas (e mantidas) a par das que sejam introduzidas pelo novo documento.
Se este último indica que as consoantes não lidas (mudas) desaparecem da escrita, não há razão para manter a já familiar regra da escrita de 'm' para o som vocálico nasal que as antecede. Como só se escreve 'm' antes de 'p' ou 'b', passe a 'n' a letra que assinala a nasalidade. Assim ficam as "assíntotas".
É tão estranha a 'assíntota' como o "Egito" (a par do 'egípcio'), a 'receção', a 'aceção', a 'exceção', o 'excecional', a 'contraceção', o 'espetáculo', as 'atas' e os 'atores'. E quando alguém se quiser 'retratar' de uma posição ou de um dito que não pense que é uma questão de fazer uma foto para o retrato.
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