Assim se lê no busto-homenagem ao poeta, no eiro de São Martinho da Anta.
Para honrar o dia e o mês do aniversário do poeta, diria 'Hoje, neste dia e neste mês'.
Melhor do que ninguém, o próprio falou dessa hora em que cada um de nós bebeu "o ar do mundo aos gritos"; a hora que também foi a sua e que se prolongou na do nascimento da filha Clara Rocha. Assim nasceram os versos:
Adolfo Correia da Rocha nasceu para dar origem a Miguel Torga: torga, pela planta transmontana conhecida como urze campestre, da cor de vinho e com as raízes resistentes, saídas das rochas; Miguel, por ser nome ibérico e inspirado em dois grandes escritores peninsulares (Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno).
Há 106 anos, o homem; depois, o escritor, o poeta, o dramaturgo, o contista, o ensaísta, o eterno candidato ao Nobel da Literatura que, em todas as circunstâncias, dizia trocar a mulher por um verso e não poder abandonar Portugal (mesmo em razão de força maior) por ter de levar consigo "o Marão, o Douro, o Mondego, a luz de Coimbra, a biblioteca e as vogais da língua".
Sem comentários:
Enviar um comentário