Hoje uma colega dizia-me que estava a falar com outra sobre o Português.
Isto de falar (em) Português é para todos os que o têm como língua materna e instrumento de discurso e pensamento; falar sobre ele não é só para alguns, mas, convenhamos, há uns que estão mais apetrechados do que outros para o efeito.
Q: Agora, todos os 'ói' deixaram de ter acento, não é? Por exemplo, em 'celulóide' (> celuloide), 'asteróide' (> asteroide)? Este novo Acordo Ortográfico...
R: Não é correta a generalização; estão certos os exemplos.
'Ói' continua a ser grafado, por exemplo, em 'herói', dada a acentuação (fónica e gráfica) aguda da palavra. Já a palavra 'heroico(a)' perde o acento gráfico, por se tratar de uma palavra grave. Genericamente, as palavras graves não são acentuadas graficamente na língua portuguesa, pelo que o acordo ortográfico segue essa orientação geral para este caso, em concreto, bem como para os exemplos dados e afins.
Digamos que a terminação 'óide', proveniente do grego 'eîdos' e designativo de forma ou semelhança, perde o acento gráfico, uma vez que está presente na formação de termos fonicamente graves - ex.: fungoide / intelectualoide / lipoide / ovoide / ulceroide).
Lá que seja bom falarmos sobre o Português, nada a obstar. Devíamos mesmo fazê-lo todos (fosse pela grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990 fosse por razões mais comuns ao comum dos falantes, se me permitirem a repetição, para frisar alguma transversalidade que se impõe na questão).
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