sábado, 9 de fevereiro de 2019

A propósito de sujeitos compostos

   Circula no facebook uma anedota ou resposta de um(a) aluno(a)... criativo(a).

   A questão é gramatical. A resposta é cómica:

Um registo a circular pelo Facebook, a partir de um blogue
(https://compartilhou.net/top-15-alunos-que-tiraram-0-mas-mereciam-10-pela-criatividade/?utm_medium=dbrlm&utm_source=dbrlm)

   Espero bem nunca recebê-la, pois (convenhamos) o comentário do(a) professor(a) bem que podia ter sido o meu. 
   Ainda assim, prefiro a resposta lida àquela que alguns pretendem (professores, explicadores ou materiais ditos didáticos): um sujeito que refere mais do que uma pessoa ou objeto (como se 'Os humanos erram' tivesse sujeito composto em 'Os humanos'). Enfim... não há gargalhada, por certo, que surja (muito menos quando se vê, na instrução, uma vírgula a separar o núcleo verbal ' Explique' do seu complemento 'o que é um sujeito composto ou, então, uma instrução formulada como frase de tipo imperativo pontuada como se de uma interrogação se tratasse). Oh, desgraça de formulação no discurso didático!
   Pelo menos, o(a) aluno(a) em causa brincou com a língua (o mesmo não será suposto que faça o professor, em contexto de avaliação). Pode ele não saber que um sujeito composto é um sujeito coordenado (ex.: 'O campo e a cidade são realidades vivenciais desconhecidas por muitos'); mas, pelo menos, não caiu nessa ilusória e enganosa definição que muitas vezes lhe é apresentada.
    Já de quem construiu o (mau exemplo de) enunciado na instrução, nem sei que diga!

    À sintaxe que explica a noção de sujeito ajusta-se um processo (coordenação) que melhor descreve a função (sintática) na sua construção. Quanto à instrução, não há construção que a justifique.

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