terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O voo da gaivota

       A sucessão dos dias húmidos, chuvosos...

      Basta um raiozinho de sol para germinar alguma alegria.
     Um pequeno espetro de luz, no céu, faz-se notar entre as pesadas nuvens cinza. O horizonte lá está, mais distante do que brilhante.

O voo da gaivota (Foto VO)

     Por cá me fico, vendo e ouvindo as ondas, trazendo maresia; salgando a pele com gotículas tão mínimas que apenas se sentem lançadas pelo vento; rumorejando viagens marinhas; assistindo ao espraiado voo da gaivota. Tão só, tão iludida da sua liberdade, tão esvoaçante, como em fuga do céu pesado e do mar agitado (nem Tchékhov a veria tão desencantada num lago, não estivesse ela a sobrevoar o oceano).

       Chega um fim de tarde que salga e robustece a alma, à espera de melhores dias.

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