quinta-feira, 30 de outubro de 2025

One man show e seus companheiros

    Uma boa forma de terminar o dia: com um concerto no Super Bock Arena (ou o mais familiar Pavilhão Rosa Mota, que alguns ainda lembram como Palácio de Cristal). 

      O espetáculo (porque foi concerto e porque foi fantástico) foi um dos da celebração dos vinte anos de carreira de Miguel Araújo. Haverá um outro em Lisboa, mas o(s) do Porto é(são) sempre o(s) "da terra" do músico, já que é homem do Norte, bem mais perto da Finisterre (para lembrar a "Serenata do Norte").
    São vinte anos para muitas canções daquele que é hoje considerado um dos mais reconhecidos e notáveis compositores, guitarristas e intérpretes do panorama musical português. Também um comunicador nato, tanto no registo sério como no da ironia e da comédia, numa multifacetada interação com o público que reage e se compromete com o espetáculo (como, por exemplo, quando é convidado a dançar uns passos de valsa, em fila de cadeiras que nem uma volta permite). Não poderia ser de outra forma, pela qualidade e familiaridade demonstradas: é o cantor, é a banda, são as músicas (com letras partilhadas), é o cenário luminoso e colorido conjugado com os ritmos e as mensagens transmitidas,... É o espetáculo pleno de energia e força convocadas.
        
Três momentos do espetáculo que foi o concerto do Miguel Araújo (montagem fotográfica VO)

      Um balanço de vinte anos não se faz sozinho: subiram ao palco o filho; artistas e amigos de uma vida, como João Só, António Zambujo, Os Quatro e Meia, Rui Veloso, Os Azeitonas, os Kapa (e, entre todos, uns quantos médicos bem vozeados, como se houvesse necessidade de assistência ou acompanhamento do imenso público que vibrava com o repertório musical do artista, dos amigos, dos familiares, com alguma nota de Beatles e de Rolling Stones).
       Fica um breve apontamento vídeo de um concerto fora de série, num fim de outubro que fica para memória de quem experienciou o evento:

Apontamentos de um espetáculo enérgico, com música/músicos de grande qualidade

     Assisti, há uns anos, a um espetáculo transmitido na RTP1 que, pela sua diferença, me captou a atenção e me prendeu ao televisor. Estar no espetáculo, hoje, ao vivo, sem filtros, é um outro envolvimento contagiante, uma outra sinergia, regeneradora das forças que o cansaço de um dia de trabalho parece fazer esgotar. 

     Amanhã, por certo, ficará a sensação de não ter dormido tudo; porém, haverá reforçado motivo para lembrar a excecionalidade de um concerto bem português. (Com agradecimento ao MA, família e amigos - todos tão musicais!).

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