Praticamente a fechar o período letivo, tudo acontece.
A motivação foi dada por uma turma de artes que deixou o seu registo no quadro, entusiasmada com a pausa que se anuncia. Ocupada a esquerda do quadro duplo branco, os alunos de humanidades não quiseram ficar atrás. Preencheram então a direita com a inspiração do momento, um tanto ou quanto influenciada pela sensibilidade que a leitura de um Ricardo Reis impôs.
No final, ficou a fotografia para memória futura:
No final, ficou a fotografia para memória futura:
Era uma vez um quadro branco... (foto VO)
O gozo de escrevinhar e desenhar, quais meninos a marcar a sua presença no quadro, surgiu tão instintivamente que, por momentos, nem dava para acreditar que a sala era ocupada por finalistas ou pré-universitários. Eram, por certo, seres feitos de vontade, (re)nascidos num momento libertador colorido de verdade e de realidade.
Captado o breve instante (quatro minutos), ...
Aos alunos do 12ºF
Vi um foco de luz num embrião.
Anuncia o nascimento. Razão
Para neste mundo vivo lembrar
Que a volátil vida, ao passar,
Urde passado e presente num fio
com amanhã de um mar feito de rio.
Depois disto, a aula (porque o lema é "trabalho, trabalho e mais trabalho"), até ao toque da campainha.
Depois disto, a aula (porque o lema é "trabalho, trabalho e mais trabalho"), até ao toque da campainha.
Assim se regressou, por momentos, ao tempo de infância (numa nostalgia que lembrou Pessoa ortónimo). Até pode ser uma regressão, mas foi uma forma de libertar sorrisos e caminhar para uma atenção feita de inconsciência, de um ideal renovado, de uma utopia com um toque de recreação e (re)criação.
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