Nunca se deve negar um pedido de ajuda, mais ainda quando vem de quem nos merece consideração.
Chegada a pergunta, preparo a resposta:
Q: Venho por este meio pedir-lhe a seguinte ajuda para a seguinte questão:
1.1. Identifica as frases em que a palavra sublinhada é uma conjunção.
(A) Clio viu a confusão que tinha causado depois de ter adormecido.
(B) Os automobilistas chegavam a Lisboa lentamente quando a confusão se instalou.
(C) Ibn-el-Muftar alçou as mãos a Alá porque acreditava na proteção divina.
(D) O português considerou a situação normal até chegarem os muçulmanos.
Nos cenários de resposta, aparece como resposta as alíneas B e C. Será que a A também pode ser incluída ou é um pronome relativo?
R: Efetivamente, em (A), 'que' é um pronome relativo, numa sequência frásica em que a palavra 'confusão' surge retomada. Tal retoma é feita ora na expansão do nome com uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva ora na articulação de duas orações: 'Clio viu a confusão' e 'Clio tinha causado confusão'.
Trata-se, portanto, de um 'que' anafórico, tendo como antecedente a palavra 'confusão'.
Na medida em que esse 'que' introduz uma oração subordinada adjetiva, não poderá ser nunca considerado conjunção. Esta última, nos contextos de subordinação, é destinada, tipicamente, para introduzir orações subordinadas substantivas completivas ou subordinadas adverbiais.
Na expectativa de que tenha sido esclarecedor, para o caso em concreto, fica o registo de que os cenários de resposta nem sempre erram; só não apresentam é o nível de consciência em que se deve fundar uma tomada de decisão (por mera escolha que seja).
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