Entre os que hesitaram e os que assumiram a ação libertadora, ficou a nota de que, após deliberação governamental e homologação presidencial, a partir de hoje, já não é obrigatório o uso de máscara nos estabelecimentos de ensino (https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/30-e-2022-182432341), segundo o decreto-lei publicado ontem em Diário da República.
Desta forma, ficaram atestadas condições para se dispensar o uso de máscara no interior dos espaços escolares, não obstante a atenção e os cuidados que ainda interessa garantir face à persistência de algumas condições de infeção (agora consideradas reguláveis, bem diferentes das que vitimizaram muitos daqueles que sofreram o que alguém chamou de "uma gripezinha", em tempos que não o era).
Têm sido crescentes os sinais de libertação, felizmente! O de hoje foi mais um para a ansiada retoma de uma normalidade a todo o tempo sujeita a avaliação e com a concessão geral que deve pautar comportamentos. Dois anos saturantes, limitadores, em que só os olhos revelavam emoções, passaram a dar lugar a rostos descobertos, ao reconhecimento do que Camões outrora chamou 'gesto' (doce e humilde). Que, hoje, os gestos (temporal e semanticamente distintos) sejam comedidos, para que os rostos se mantenham literalmente "desmascarados".
Assim se recriou Banksy, a partir do que hoje se vive:
Banksy recriado (do coração desejado à máscara mal-amada)
Deixá-la voar, essa máscara que não trouxe cor à vida - garantiu-a, é certo, salvaguardando todos de situações bem mais críticas. Que não seja ela o coração original que a menina parece querer agarrar. Bom seria que não retrocedêssemos! Saibamos reconquistar o bem perdido, sem comprometer cuidados que ainda se impõem.
Possa ser este o passo, o gesto que nos traga alguma sanidade, com liberdade aliada a responsabilidade. Assim o rosto se mostre livre.
Ámen.
ResponderEliminar