Até podia ser a condição do dia; é mais um dia na condição da chuva.
CHUVA
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Da janela, vejo as poças de água que se formaram na noite. A chuva voltou para molhar o verão.
O ar cheira a fresco; está lavado o chão. Sujo só o céu, com as nuvens que ameaçam a luz do dia com borrões de um cinza que só o sol consegue fazer esquecer.
Vem, então, a lembrança... de uma canção... na letra e no som.
"Chuva", fado de Jorge Fernando, interpretado por Mariza
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Numa composição (letra e música) de Jorge Fernando, a voz de Mariza compõe o choro que surge numa cidade cujo mar lembra o salgado.
Do choro do tempo ao choro da alma, a luz do dia fica claramente ofuscada, na ânsia de um clima melhor ("Há dias que marcam a alma!"), para condizer, no mínimo, com o verão já entrado no calendário.
Também chove, agora. No meu aconchego, não me molha o rosto, apenas a alma. Gosto muito de ti.
ResponderEliminarChove lá fora, chove na alma e chove(-me também) no rosto.
ResponderEliminarÉ bom saber-te por aqui e acredita que hoje foi muito bom ler-te.
Ainda que por razões diferentes (ou talvez não), reencontramo-nos nestas palavras e nesta melodia, feitas de saudade, de muitas e diferentes saudades que a vida (nos) vai deixando. E se estas têm a dor do que se perdeu, têm também a marca de que tivemos direito a alguns momentos de felicidade.
Chove lá fora, a alma está apertada, mas a memória tem lembranças da luz, dos raios de sol que nos iluminaram.
Vejamos aí a força para seguir em frente... na vida e na esperança de que o tempo seja mais nosso amigo.
Também gosto muito de ti.
Um beijo e um xi-coração.