sexta-feira, 26 de julho de 2013

Versões que o tempo aprimora

       Quando o tempo faz rejuvenescer...

       Há quem suspire pela fonte da juventude, ansiando pelo regresso a momentos que não voltam.
       Há quem faça do velho, ou antigo, novo (restaurando).
      Na música, há versões que fazem ganhar o que nem sempre o original tem. No caso de "You make me feel brand new" talvez o "soul" seja o mesmo, num ritmo de balada inconfundível para letra em registo de carta (escrita entre as pontes da amizade e do amor). Há, todavia, em duas das suas versões notas de uma harmonia vocálica e instrumental bem distintas.
     A mais antiga é versão dos "The Stylistics", grupo norte-americano dos anos setenta, lançando um sucesso mais concretamente com a data de 1974:



      Décadas mais tarde, mais precisamente em 2003, chega a versão dos "Simply Red", na voz de Mick Hucknall:


     YOU MAKE ME FEEL BRAND NEW

My love,
I'll never find the words, my love
To tell you how I feel, my love
Mere words could not explain
Precious love,
You held my life within your hands
Created everything I am
Taught me how to live again

Only you
Came when I needed a friend
Believed in me through thick and thin
This song is for you
Filled with gratitude and love

God bless you
You make me feel brand new
For God blessed me with you
You make me feel brand new
I sing this song 'cause you
Make me feel brand new

My love,
Whenever I was insecure
You built me up and made me sure
You gave my pride back to me
Precious friend
With you I'll always have a friend
You're someone who I can depend
To walk a path that sometimes ends

Without you
Life has no meaning or rhyme
Like notes to a song out of time
How can I repay
You for having faith in me


     Duas versões para dois tempos num só sentimento que ganha com a fluidez do próprio tempo.

     Entre o rejuvenescimento e o agradecimento, há alma bastante para harmonizar no curso de uma vida feita de muitos e variados caminhos.

6 comentários:

  1. Ora muito bom dia!...
    Nada como começar assim o fim de semana!
    Proponho, como complemento da magia que aqui se faz, um homem nascido no Brasil, que partiu para os Estados Unidos e daí para o mundo. Uma mulher vinda do Canadá para conquistar também o mundo...
    Unidos pela mesma música, em português do Brasil: "Este seu Olhar"!

    A versão dele:

    http://www.youtube.com/watch?v=2zGo4cHnxbQ

    A versão dela:

    http://www.youtube.com/watch?v=okb8nIpuXgs

    Um bom fim de semana!
    beijinho
    IA

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  2. Mais um pouco e ainda saía o duo 'Ele e ela'!
    Merci bien.
    Bisous

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  3. Deixem-me brincar um bocadinho... Posso?

    Por acaso, acho esta música "soul" um bocadiiiiiiiiiinho piegas. São os meus ouvidos, que nunca suportaram os Simply Red. Aliás, o nosso destino é ver passar as ruivas e as louras, não é? Para mim, isto me soa um pouco atrabiliário, vejam lá... Sou um daqueles casos patológicos do Oliver Sacks, só não confundindo a minha mulher (ainda, não!) com um chapéu de chuva, mas sob "Musicofilia"...

    Nem o "Easy" do Lionel Richie consigo ouvir, segundo os Faith No More! Eu sei que estou... Como sempre estive, mesmo mal.

    Post Scriptum: A princípio, julguei que o Vítor estava a dedicar esta música à versão extraordinária de um Diretor's cut, pela genialidade com que nos deixou ir para férias e depois do fecho dos Serviços Administrativos, antes de um fim-de-semana, nos escreveu, dizendo disponíveis as classificações para todos os con_

    gelados na carreira. Também o que é que isso importa? Eu vou, eu vou, para férias a cantar "Freud & Ana" do Rei Rui, do GNR:

    E o luar é tão cândido
    E eu e tu Ana tudo é pureza e limpeza

    E era tudo tão claro
    E agora é tudo tão vago
    Tudo gente tão p''''(director' s cut, sorry)
    E há uma assimetria
    Com um toque de lobotomia

    Miss Psicanálise Que perfeita que és
    E tão pequenina
    Com umbigo e tudo E até unhas nos pés
    Que saúde que tens da cabeça aos pés!
    Como eu a invejo…

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    Respostas
    1. Vitorino,

      A "Carruagem" também é espaço para brincadeira, pois então! Por que motivo não o seria? (Mas atenção ao revisor!)
      O "soul" nunca foi um "bocadiiiiiiinho piegas"; sempre o foi muuuuuuuito, ou não tenha na sua origem a emotividade, tanto na produção como nos efeitos sonoros (muitos deles assentes no jogo interpretativo gospel que teve de berço).
      Sou muito eclético no gosto musical (do mais popular e folk ao mais erudito) - espanto-me mesmo com músicas de que não gosto e, porém, não me largam a mente (por vezes o dia todo, vê lá bem!). Ouço estas versões e também o "easy", inclusive a versão 'boys band' dos Westlife! Não tenho cura! Vai tudo, no que toca a gostar de música.
      Prefiro tudo isto a qualquer classificação ou avaliação docente comunicada por Diretor! Esta só me levaria a experienciar, qual "cutter", os limites que me fizessem esquecer a ilusão em que vivemos (porque, se realidade o é, chega a ser, por vezes, perversa).
      Enfim, prefiro aplaudir o teu Reininho, mas, de momento, estou mais numa de Peste e Sida e com a vontade do "Sol da Caparica" (sem diretor, mas com direção, para que não me estampe na viagem).
      Cumprimentos.
      VO

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  4. Sim, mas entre nós há uma diferença: de acordo com o livro citado de Oliver Sachs "Musicophilia", eu como que sofro de amusia e a música mais comercial e melíflua me soa a um mero ruído de panelas; já tu me parece estares a ouvir o coro de anjos que Schuman ouvia, esperando que no fim da vida te não atormente o A, digo o Lá, que ele continuamente escutava, a dormir mesmo...

    (Continuando a brincadeira, agora sem um-qualquer director's cut.)

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  5. Conclusão: lá terei um Schumann à minha espera para me compreender nesta assumida diferença. E se for ao som da Sinfonia nº4 já não será mau.

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