Apontamento para Chaplin e o seu primeiro filme, estreado há um século - Making a Living.
Dizia o ator e produtor britânico que a vida é uma peça de teatro sem ensaios. Não o creio, pelo tanto que nela erramos e procuramos reformular, corrigir. Autênticos ensaios nas tentativa-erro que nos fazem aprender. E ainda bem! O certo é que, como no teatro, a vida faz-nos representar vários papéis, em condições e instantes irrepetíveis. Daí a constante referência ao palco ou teatro da vida; ao drama que a vida propõe aos olhos de quem o vê ou lê.
Não é de teatro, mas de cinema que hoje se fala.
Não é de teatro, mas de cinema que hoje se fala.
Charlie Chaplin começou no primeiro; acabou no segundo, projetando-se com essa figura de um Charlot aparecido há um século, ainda num ensaio do que viria a ser o pobre vagabundo ("little tramp") com um estrondoso sucesso na América. No papel de um jornalista, a personagem participa numa curta-metragem produzida por Mack Sennett, assumindo-se como um oportunista, um desempregado que se aproveita da máquina fotográfica de um rival (repórter) e da filmagem feita ao despenhamento de um automóvel.
Making a living (1914, 2 de fevereiro): o primeiro filme de Charlie Chaplin
O exemplo de um "Chico esperto" que se aproveita do trabalho dos outros como seu e acaba, em conflito, com o rival, numa cidade que os atropela com os sinais de modernidade.
Alegorias do desenvolvimento da sociedade e do empobrecimento do carácter e da dignidade humanos. Há um século (se não for mais) assim.
Assim se faz a personagem à vida, na descoberta de um percurso que provocou o riso a muitos espectadores, ou, no mínimo, um sorriso.
Alegorias do desenvolvimento da sociedade e do empobrecimento do carácter e da dignidade humanos. Há um século (se não for mais) assim.
Assim se faz a personagem à vida, na descoberta de um percurso que provocou o riso a muitos espectadores, ou, no mínimo, um sorriso.
Sem comentários:
Enviar um comentário