Isto de escrever português "à la française" não é chique (a valer).
Pelo facto de, na língua portuguesa, haver empréstimos de origem francófona (os galicismos ou francesismos) não vem qualquer mal ao mundo, seja na forma da língua de origem seja na do idioma que integra o termo emprestado.
Do abajur (< abat-jour), do champanhe (< champagne), do chofer (< chauffer), do desporto (< desport), do edredom (< édredon), do sutiã (< soutien), do garçon, da lingerie, da madame ou da vitrine já todos falam com maior ou menor obediência à sonoridade francesa. Muitos outros exemplos poderia ter dado, nomeadamente o croissant.
Do abajur (< abat-jour), do champanhe (< champagne), do chofer (< chauffer), do desporto (< desport), do edredom (< édredon), do sutiã (< soutien), do garçon, da lingerie, da madame ou da vitrine já todos falam com maior ou menor obediência à sonoridade francesa. Muitos outros exemplos poderia ter dado, nomeadamente o croissant.
Croissants com defeito (Foto VO)
Contudo, dizer que o croissant é FRANCÊS, em português que se preze, levanta questões ortográficas que não admitem aproximação com a língua da francofonia. Tais questões não surgiriam caso se escrevesse "en français", com 'ai'. Porém, e como se está em Portugal, o bolo pode até ter nome francófono, mas a escrita do adjetivo é à portuguesa e sem cedilha, pelas regras já aqui abordadas nesta "carruagem".
Não são, portanto, permitidas interferências gráficas que, no português, comprometam o 'ç' (só passível de sequência vocálica com 'a', 'o' ou 'u').
Não são, portanto, permitidas interferências gráficas que, no português, comprometam o 'ç' (só passível de sequência vocálica com 'a', 'o' ou 'u').
Estou aqui estou a propor que se institua um ramo linguístico na Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ou, então, a solicitar um desconto por defeito no produto (ou na sua publicitação / designação). Tudo a bem do consumidor nacional!
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