Regressado às questões sintáticas, volta o complemento oblíquo.
Houve já aqui oportunidade de falar deste complemento, função sintática selecionada pelo verbo principal do predicado (ao contrário dos modificadores que podem ser retirados da frase, mantendo-se esta correta em termos gramaticais).
Q: Vítor, «arrancamos umas rosas do canteiro»: do canteiro é c. oblíquo?; a estrutura argumentativa do verbo 'arrancar' é como 'tirar'?
R: Face às questões formuladas, respondo afirmativamente a ambas.
A estrutura argumental do verbo 'arrancar' implica três argumentos (ALGUÉM1 + ARRANCAR + ALGUMA COISA 2 + DE ALGUM SÍTIO / LOCAL3), sendo o último o complemento oblíquo.
Acontece o mesmo com o verbo 'tirar' quando este tem o significado sinónimo de 'retirar', 'arrancar', 'mudar de lugar', 'eliminar' (ALGUÉM 1 + TIRAR + ALGUMA COISA 2 + DE ALGUM SÍTIO / LOCAL3).
Ajuda à identificação dessa função a seleção que o verbo faz de uma preposição, não sendo esta constituinte da resposta à questão "A quem?" (destinada à função do complemento indireto).
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