Os equinócios já não são como eram (já o são desde 2008 e diz-se que, pelo menos, assim serão até 2020)...
A voz do heterónimo pessoano, representada na de Pedro Lamares, assim nos fala de um tempo e de uma vida: "o que for, quando for, é que será o que é" - o aparente essencialismo absoluto, numa criativa conceção de universo sem explicações; só com a descoberta do momento, do instante, na eterna novidade das coisas.
Como diria Caeiro, "a primavera nem sequer é uma coisa: / É uma maneira de dizer" (in "Quando tornar a vir a primavera").
Foi hoje anunciado o início da primavera, que muitos querem apenas ver começada amanhã, celebrada junto com o dia da poesia.
Até ao solstício de junho, estamos com a primavera, assim cantada por Alberto Caeiro nos seus "Poemas Inconjuntos":
A voz do heterónimo pessoano, representada na de Pedro Lamares, assim nos fala de um tempo e de uma vida: "o que for, quando for, é que será o que é" - o aparente essencialismo absoluto, numa criativa conceção de universo sem explicações; só com a descoberta do momento, do instante, na eterna novidade das coisas.
Como diria Caeiro, "a primavera nem sequer é uma coisa: / É uma maneira de dizer" (in "Quando tornar a vir a primavera").
Assim seja a primavera, real, sem precisar de ninguém, feita do que surge para que seja real e certa no ato de dizer.
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