... depois entranha-se.
O pensamento até pode ter sido pessoano para o anúncio publicitário da Coca-Cola em Portugal; a questão, contudo, é bem mais atual e tem a ver com a receção da canção "True Love" dos Coldplay.
Ouvido o 'Ghost Stories' (o sexto álbum de estúdio do grupo, lançado no mês de maio deste ano) e os 'hits' que já daí saíram ('Magic' e 'A Sky Full of Stars'), sempre colhi o 'True Love' como grande música, à espera de sucesso. Reconheço que, às primeiras audições, havia algo de estranho no solo da guitarra; hoje, adoro-o. O mesmo para toda a canção, que sempre me soou verdadeiramente à Coldplay e com a intervenção crítica / pedagógica das grandes melodias do grupo:
TRUE LOVE
For a second I was in control
For a second I was in control
I had it once I lost it though
And all along the fire below
would rise
And I wish you could have let me know
What's really going on below
I've lost you now, you let me go
But one last time
Tell me you love me
If you don't then lie
Oh lie to me
Remember once upon a time
When I was yours and you were blind
A fire would sparkle in your eyes
And mine
So tell me you love me
If you don't then lie
Oh lie to me
Just tell me you love me
If you don't then lie
Oh lie to me
If you don't then lie
Oh lie to me
Call it true, call it true love
Call it true, call it true love
De novo, uma mensagem de fundo, significativa: ser diferente não impede a felicidade, desde que se mantenha a esperança, o espírito do encontro, de quem se aceite e possa partilhar o que há ou tem de melhor. Há tanta ficção na realidade quanto o real poder ser possível (mesmo que entre o real e o possível tenha de se dar espaço a alguma ficção, também presente na mentira: "then lie / Oh lie to me").
Na música o insólito, a aparente diferença resultam, como se no desarmónico e estridente grito não deixasse de haver a harmónica e melódica sintonia.
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