Seja um exercício mental seja um ato ou gesto de dádiva.
É, por certo, um registo de memória, por dois anos que foram de trabalho, de cumplicidades e de momentos também de convívio que o tempo não apagará. Dizem alguns que foi período de transformação: dos medos provocados nos primeiros dias às experiências comuns dentro e fora da escola; às leituras que foram sendo desveladas; às partilhas de saber, que foram libertando o sentir; às alegrias e ousadias que fizeram dos tampos das secretárias o palco (de evocação cinéfila) para o reconhecimento, para o agradecimento mútuo pelo bem que soubemos fazer (par)a todos.
É, ainda, depois de um ano afastados, a prova de que algures, no imaginário conjunto, há lugar para as proximidades que a afetividade faz perdurar. O que foi ensinado ficou seguramente matizado pela compreensão e pelo colorido dos sorrisos, muitas vezes surgidos no meio do cansaço, do sono e da vontade de buscar o sol (que as palavras, as frases, os longos parágrafos e as páginas dos livros nem sempre deixavam brilhar). O que se aprendeu, o tempo dirá para que servirá.
É o sinal repetido da generosidade que sempre existiu, porque também alguém a soube alimentar, para que se tornasse marcante nas pessoas que estes jovens têm sido.
É a oferta desinteressada de um grupo de alunos que, entusiasticamente, recebeu um professor e o fez sentir brilhante, numa noite e num espaço que o fizeram sentir-se em casa (como se nunca a tivesse deixado).
Ao 12º 8, meu no 10º e no 11º anos. Mais uma turma especial para o meu currículo dos afetos. Muito obrigado pela companhia, pelos abraços e pela(s) lembrança(s) - também coloridos com o azul das "letras", tão próprio às humanidades, às línguas e literaturas.
Ao 12º 8, meu no 10º e no 11º anos. Mais uma turma especial para o meu currículo dos afetos. Muito obrigado pela companhia, pelos abraços e pela(s) lembrança(s) - também coloridos com o azul das "letras", tão próprio às humanidades, às línguas e literaturas.
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