quarta-feira, 1 de abril de 2020

E não é engano!

     Em pleno dia das mentiras, das petas, dos tolos ou bobos, da gafe ou dos enganos.

    Neste 1 de abril, foi o tempo que nos pregou uma partida: depois de dias nebulosos e cinzentos, trouxe um final de tarde cheio de cor:

     Uma só árvore, um só mar, um só pôr do sol, um só caminho (Foto I - VO)


   
 























Uma só árvore, um só mar, um só pôr do sol, um só caminho (Foto II - VO)


       Esta é brincadeira boa, em tempos tão críticos. 
    É verdade que a celebração tem tudo a ver com o tempo, mas numa outra dimensão. Diz-se que esta celebração surgiu em França, onde, desde os inícios do século XVI, o Ano Novo era festejado a 25 de março (a chegada da primavera) e durava até ao dia 1 de abril.
     Com a adoção do calendário gregoriano (1564), o rei francês Carlos IX oficializou o ano novo a ser comemorado no dia 1 de janeiro. Houve quem resistisse a tal determinação e alguns franceses mantiveram os costumes do calendário juliano. Assim se conservava o dia 1 de abril, por engano, por trapaça, por resistência ou por mentira. Houve também quem ridicularizasse a situação, enviando presentes estranhos e convites para festas inexistentes (atitudes conhecidas como "plaisanteries").

     O prazer de um final de tarde como o de hoje deu lugar a fotografia, junto ao mar, numa espécie de, à italiana ou à francesa, celebrar a(o) "pesce d'aprile" ou "poisson d'avril".

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