terça-feira, 31 de março de 2020

E vão passando os dias

       As línguas têm destas coisas associadas aos dias.

      Com a nova rotina dos dias, ao final de mais de uma quinzena, prossegue o tempo da quarenta.
      Na língua inglesa, há já quem conte os dias naquilo que têm de mais indiferenciado:

A indiferenciação dos dias - só com 'day' (by day)

      É todos os dias o mesmo!
    Já na língua portuguesa, excetuam-se o sábado e o domingo. De resto, fica tudo "feira" (sem segunda, nem terça, quarta, quinta ou sexta). Talvez por isso algumas pessoas teimem no passeio e nos encontros, sem distanciamentos.

      Fica a "feira" e perdem-se as horas da oração. Os nossos dias da semana parecem mais divertidos, mesmo em tempos de contenção.

3 comentários:

  1. 'E vão passando os dias', mas tão devagar!
    E pensar que um mês passava a correr e que agora se contam os dias porque demora a chegar ao fim. Eu, que tantas vezes achava dolorosa a passagem rápida do tempo, dou comigo a pensar como seria bom que abril estivesse já mais adiantado!
    Para além dos testes, tantas vezes obrigatórios, a pandemia é também um teste à
    nossa paciência.
    Tal como tanta gente, tentarei guardar um bocadinho para tempos melhores em que, pacientemente, temos de confiar.
    Um abraço
    Dolores

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    Respostas
    1. Temos, agora, de dar tempo ao tempo!
      A nossa ânsia e/ou vontade de tudo controlar acaba(m) por mostrar que muito está mesmo fora do nosso controlo. Há que aceitar, serena e tranquilamente, o que o Destino nos traz (até pareço Reis), até para que se possa construir alguma estratégia de abordagem / resolução para o que nos é desconhecido. Como diria Camões (estou muito literário), somos "bicho da terra", "fraco humano" à mercê de forças que nos suplantam. Procuramos sempre orientar tudo, de modo a evitar problemas; porém, eles estão sempre cá. Esquecemo-nos muitas vezes deles, mas, de vez em quando abalroam-nos. É tempo de verificar que pequenas conquistas devem ser valorizadas nas nossas estratégias de sobrevivência. Tens / temos de acreditar nisso, ir em frente e (re)fazer o caminho.
      Muita força nessa luta. Temos um encontro para marcar brevemente.
      Beijinho.
      VO

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    2. Temos, agora, de dar tempo ao tempo!
      A nossa ânsia e/ou vontade de tudo controlar acaba(m) por mostrar que muito está mesmo fora do nosso controlo. Há que aceitar, serena e tranquilamente, o que o Destino nos traz (até pareço Reis), até para que se possa construir alguma estratégia de abordagem / resolução para o que nos é desconhecido. Como diria Camões (estou muito literário), somos "bicho da terra", "fraco humano" à mercê de forças que nos suplantam. Procuramos sempre orientar tudo, de modo a evitar problemas; porém, eles estão sempre cá. Esquecemo-nos muitas vezes deles, mas, de vez em quando abalroam-nos. É tempo de verificar que pequenas conquistas devem ser valorizadas nas nossas estratégias de sobrevivência. Tens / temos de acreditar nisso, ir em frente e (re)fazer o caminho.
      Muita força nessa luta. Temos um encontro para marcar brevemente.
      Beijinho.
      VO

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