O filme é antigo (1943), a preto e branco, mas ainda com a cor e o tom cómicos da atualidade.
A versão fílmica aqui apresentada é um compacto para dar a conhecer a intriga geral de uma história que, enquanto narrativa a ser lida no ensino secundário (11º ano), está mais desarticulada nas orientações programáticas da disciplina de Português do que qualquer outra forma de encontrar algum fio condutor para a obra camiliana dos programas de Português - Secundário.
O melhor é sempre ler o livro na íntegra. A ter que dar alguns textos soltos, ao menos que se perceba em que sequência da ação narrativa se encontra o excerto a abordar.
O melhor é sempre ler o livro na íntegra. A ter que dar alguns textos soltos, ao menos que se perceba em que sequência da ação narrativa se encontra o excerto a abordar.
Apresentar a estrutura global da obra, por exemplo, é sempre um ponto de referência para qualquer localização do segmento a ler:
Slide 1: a estrutura global da obra Amor de Perdição
(Powerpoint acerca da narrativa camiliana)
(Powerpoint acerca da narrativa camiliana)
A estratégia de ver o filme (numa das suas versões, na íntegra ou em compacto) permitirá enquadrar a leitura de qualquer excerto narrativo na intriga, na consideração do que acontece antes / depois do texto lido. Vai neste sentido o compacto proposto.
Compacto fílmico de Amor de Perdição
(na versão cinematográfica de 1943)
(na versão cinematográfica de 1943)
Entre os vários aspetos que possam ser focados no visionamento, sugerem-se os seguintes:
a) a evolução do comportamento no protagonista Simão;
b) a construção romântica do par Simão - Teresa;
c) o discurso epistolográfico na construção da intriga (qual carta, de quem, para quem, qual propósito comunicativo, que referências deíticas associadas à sua produção escrita);
d) o(s) sentido(s) de vida representado(s) no percurso dos protagonistas;
e) força(s) opositora(s) na vivência dos protagonistas.
Relacionar o que foi visto com a leitura de uma ou duas das cartas dos protagonistas na relação amorosa (Simão-Teresa) é uma extensão natural da proposta c), tomando o género e formato textual como marca relevante da incidência romântica da obra.
Mais do que romântica, diria mesmo ultrarromântica - num excesso que resulta em paródia, se for considerada a dimensão interartística que resulta do visionamento de uma versão cinéfila dos anos vinte do século passado.
Mais do que romântica, diria mesmo ultrarromântica - num excesso que resulta em paródia, se for considerada a dimensão interartística que resulta do visionamento de uma versão cinéfila dos anos vinte do século passado.
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