A notícia do dia veio inesperada!
Já se sabia que se encontrava doente, infetado pelo Covid-19, pouco depois de ter participado, em Portugal, num evento literário. Entre informação e desinformação, deu-se conta do estado crítico, da melhoria, de como regrediu, voltou a melhorar... E, agora, a morte.
A de qualquer humano tem de ser pesarosa, particularmente a que resulta da luta contra um vírus desconhecido e ameaçador, capaz de afetar subrepticiamente o mundo. A do chileno Luis Sepúlveda (1949-2020) é-o seguramente para quem o leu, lê ou tem vindo a ler.
Escritor ecologista, que cronicou e contou histórias de quem esteve neste mundo (marginais ou não); de quem existiu enquanto houve luz; de quem alimentou sonhos ansiados em qualquer lugar da terra, do ar ou do mar. Escritor que produziu obra na apologia da vida, da dignidade humana, da justiça social, de exotismos que sublinham sentidos múltiplos de viagem, de amor e de guerra, de utopias e mistérios que se cruzam com o Ser Humano, para não dizer com o Ser Vivo. Escritor que viu na diferença o complemento necessário à união e ao projeto da vontade.
Qual "gaivota", não pode lançar-se mais em novo voo, apanhado que foi por uma maré, uma "peste negra" que assolou a Humanidade.
Outros, contudo, o farão voar, porque, como bem o escreveu em As Rosas de Atacama (no original, Historias Marginales, 2000), “As feridas dos heróis da literatura são rapidamente curadas com o bálsamo da leitura.”
A morte será suplantada por qualquer leitor que recupere a sua obra e lhe dê vida.
Já se sabia que se encontrava doente, infetado pelo Covid-19, pouco depois de ter participado, em Portugal, num evento literário. Entre informação e desinformação, deu-se conta do estado crítico, da melhoria, de como regrediu, voltou a melhorar... E, agora, a morte.
A de qualquer humano tem de ser pesarosa, particularmente a que resulta da luta contra um vírus desconhecido e ameaçador, capaz de afetar subrepticiamente o mundo. A do chileno Luis Sepúlveda (1949-2020) é-o seguramente para quem o leu, lê ou tem vindo a ler.
Escritor ecologista, que cronicou e contou histórias de quem esteve neste mundo (marginais ou não); de quem existiu enquanto houve luz; de quem alimentou sonhos ansiados em qualquer lugar da terra, do ar ou do mar. Escritor que produziu obra na apologia da vida, da dignidade humana, da justiça social, de exotismos que sublinham sentidos múltiplos de viagem, de amor e de guerra, de utopias e mistérios que se cruzam com o Ser Humano, para não dizer com o Ser Vivo. Escritor que viu na diferença o complemento necessário à união e ao projeto da vontade.
Qual "gaivota", não pode lançar-se mais em novo voo, apanhado que foi por uma maré, uma "peste negra" que assolou a Humanidade.
Leitura de um excerto de
História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar (2008)
A morte será suplantada por qualquer leitor que recupere a sua obra e lhe dê vida.
Há que voar, pois ainda há gatos que ensinem; há que aceitar que “Em todo o lado se vive e se morre – como diz o tango morir es una costumbre” (Patagónia Express, 1995).
Um grande escritor de origem chilena que o maldito covid-19 matou. Fica a sua obra literária para a posteridade.
ResponderEliminarQue descanse em Paz
Cumprimentos
Mesmo!
EliminarSaibam os leitores mantê-lo vivo, através da sua obra.
Obrigado pela mensagem.
Cumprimentos