Esperemos que não se concretizem os números apontados, até porque a previsão já falhou.
Para não variar, o final e a abertura do ano dão lugar a balanços e/ou previsões a alimentarem o espetáculo televisivo. Na "ciência" dos dados, há erros que são mais do que evidentes, a julgar pelos rodapés noticiosos:
Previsões que falham - é preciso ter falta de visão na correção da língua.
A brincar, costumo dizer que para 'ver' há dois olhinhos (apesar de alguns, não os tendo, verem mais do que quem os tem), pelo que dois 'e' fazem a diferença. O contraste 'vêm' (do verbo vir) / 'veem' (ver) é bem distintivo. Etimologicamente, os dois 'e' são a prova de uma síncope que os juntou, até que se processou a contração-crase (vedere > veer > ver).
'Vem / vê' (terceira pessoa do singular) e 'vêm / veem' (terceira pessoa do plural) são formas verbais, respetivamente, de vir / ver - casos críticos na ortografia, mas que qualquer comunicador deverá reconhecer e usar com correção.
Com falhas destas, não há peritos que possam resistir. Assim, o que preveem deixa de ter impacto (pela deslocação da atenção de quem lê para o erro). Há quem precise de ficar confinado a ler regras ortográficas.
É mais do mesmo, o ano novo é só um dia depois e as pessoas são as mesmas. Falta-lhes a ortografia correcta, um certo saber que não parece ser importante nos tempos que vivemos.
ResponderEliminarVerdade, bea!
EliminarE não há canal televisivo que escape.
Na etiqueta 'Ortografia' (136) e 'Erros' (214) há exemplos de todas as fontes.