Coincidência ou não, este é dia para lembrar.
Enquanto português, o cinco de outubro vem de há séculos com a marca da independência nacional, já que, em 1143, o Tratado de Zamora foi assinado entre D. Afonso Henriques e o primo, Afonso VII de Leão - o que para alguns historiadores representa a assinatura de uma declaração de independência de Portugal e o início da dinastia afonsina ou de Borgonha.
O motivo oficial do feriado nacional nada tem a ver com monarquia: é a data da implantação da República, em Portugal, em 1910.
Uma outra razão faz o dia grande, quando a UNESCO, desde 1994, reconhece este dia pelo papel fundamental dos professores na sociedade, homenageando todos os que contribuem para o ensino e para a educação de crianças, jovens e adultos enquanto construtores de futuro.
D. Pedro II, segundo e último imperador do Brasil
Em tempos de República, talvez seja ousado citar a figura de um imperador para lembrar a importância dos professores. Ainda assim, o pensamento de D. Pedro II do Brasil, quando afirmava "Se não fosse impera-dor, desejaria ser pro-fessor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro", traduz algum do sentido da ação docente. Enquanto tal, acrescentaria que somos (d)o presente, também lidamos com passado e temos de perspetivar o futuro.
Lembrando os que me marcaram como estudante e os que se têm vindo a cruzar no meu percurso pessoal e profissional, uma palavra impõe-se neste dia que, afinal, é nosso, para além dos muitos outros que se dedica a quem connosco cruza no caminho e no exercício da nossa a(tua)ção. O descanso "republicano" pode não vir a corresponder às exigências da profissão. Porém, há que conquistar momentos e reconhecer que este é o dia dos que, como eu, são PROFESSORES.
Há os que são por algum tempo; há os que são e ficam para a vida; há os que ultrapassam o próprio âmbito da escola. A minha professora Ângela, a primeira de todas, na Escola (ainda Primária) de Gondivai, tem hoje o seu dia partilhado comigo e com muitos outros que têm essa designação maior: PROFESSOR(A).
Obrigada pela homenagem que postou aos professores. Os meus foram corresponsáveis por quem sou hoje. Devo-lhe muita informação. Aqueles que ficaram comigo para a vida, ajudaram a formar-me. Não recordo as matérias, mas sei-lhes o andar, o cheiro, as mãos, a voz, as particularidades. Marcou-me o seu exemplo e a forma como se interessaram pelos alunos. E por uma garota sem nada de particular. A minha professora mais especial vive comigo como um Menino Jesus de Pessoa.
ResponderEliminarBem haja por este texto
Obrigado, bea, pelas palavras simpáticas e pelas "viagens" na carruagem (por ora, mais vezes parada).
EliminarCumprimentos.