sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Tudo ao monte...

       ... e sem fé em Deus!

       Tanta é a preocupação em ficar na imagem, que o pessoal devia saber que ia ficar em apontamento televisivo com erro (já nem se importam, com certeza, porque o foco de interesse é outro). É como na língua! Já nada interessa (porque os valores são outros).
        Com tanta denúncia de falhas linguísticas, a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) já devia ter assumido que, no uso da língua, tem vindo a perder muito do suposto crédito (que ainda julga ter). Não será a única estação televisiva, por certo, a viver a desgraça, mas o mal dos outros seria bem de aguentar se não houvesse contributos indesejados na mesma ordem.
        Hoje, perante a questão política do Novo Banco, surgiu um velho erro em rodapé:

Não sei se o A. Ramalho disse 'precalço', mas é isso o que, lamentavelmente, se lê! (Foto VO)

       Isto de trocar a ordem dos grafemas tem muito que se lhe diga, e em várias palavras. Nas redes de comunicação, de tudo aparece na incorreção gráfica - ontem foi o 'PREmaturo", hoje é o 'PERcalço', amanhã será o 'PERfeito' e sabe-se lá o que será depois de amanhã (talvez a 'PERSpetiva)!
        Citando o que alguém disse e escrevendo-se o que foi dito, já não interessa o diz-que-disse, mas sim o que se vê escrito.

        Com esta e com outros gafes linguísticas, não há canal nem provedoria de espectador que resistam! Nem o serviço público se cumpre eficiente ou eficazmente.

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