domingo, 28 de outubro de 2018

Anedota com muita linguística

      Entre a flexão, o traço semântico e os subentendidos pragmáticos.

      Assim que ouvi a anedota, pensei que a linguística explica tudo neste diálogo que parece existir entre um(a) professor(a) e um aluno chamado Manuel (mas que poderia também ter outro nome qualquer, nomeadamente o espertalhão do Zezinho):

      - Manuel , diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
      - Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
      - Mais depressa!
      - Nós corremos, vós correis, eles correm!

      A flexão verbal em tempo, modo, pessoa e número é um dos dados de análise regular em termos morfológicos. Quanto aos traços sémicos [+rápido] e [+movimento] conjugados, dão por certo para reformular a palavra de partida e chegar a um outro verbo.
  Quanto à pragmática, ainda ali pela interpretação coerente e motivada pelo(s) subentendido(s) implicado(s) no "Mais depressa!". E caminhar mais depressa pode ser perfeitamente correr.
   
       Aluno inteligente!

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