terça-feira, 5 de novembro de 2019

Esquecer o tempo... entre o tudo e o nada.

     É para amanhã, é para hoje, é para ontem...

     A urgência de tudo, porque tudo é importante e tudo é tudo!!!

     Eu, no meio de tudo, não sou nada.
     Começo a sentir que não dou para tudo.
     É tudo muito e eu sou pouco. Sinto-me nada!
     Talvez pretenda tudo, mas estou a achar que mais vale não querer nada.
     Paro com tudo, não faço nada. Fico a olhar o céu, as nuvens...
     Do sol, nada. Tudo molhado pela chuva.
     Até que ele aparece e, do nada, tudo fica diferente.


Paisagens marinhas com um toque de nuvem e sol (Fotos VO)

     As nuvens passaram, a dourada estrela deixa-se ver e torna-se tudo no momento.
     Em tudo o céu, o mar e o dia ficam melhores. Não é preciso mais nada.
     Se me disserem que isto não é nada, agora, eu grito que é tudo.
     Este deixar-se ficar no nada é bom. É tudo!
 
     Tudo começa a ser tão imenso para mim...
   
     Este pedacinho de nada foi tudo o que consegui nas últimas horas.
     De um lado para o outro, com tudo por fazer,
     Nada ou quase nada consigo resolver.
      Amanhã vou arrepender-me por não ter, por momentos, feito nada.
     Tudo me vai cair em cima.
     Nada posso já fazer, por causa do tudo que quis v(iv)er.

Sol escondido na nuvem, a brincar com o céu e o mar (Foto VO)

     Contudo, este momento de nada é bálsamo para tudo.
     Espero agora tudo cumprir para que nada fique por concluir.
     Talvez não tenha tempo para nada, mas foi um instante de tudo e nada.

     Tudo podia ser diferente!
     De nada adianta lamentar.

     Nada para já; tudo para depois...
   
     Por agora é tudo. Volto ao que hoje já devia estar pronto ontem. Por ora, nada!

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