sábado, 30 de abril de 2011

Vamos ao verso, para não ter reverso...

      Este é um dos casos tradicionais na análise formal poética (em verso).

     Q: Qual é a diferença entre o verso solto e o monóstico? Pode dizer-se de qualquer uma das formas?

     R: Há diferenças substanciais entre as designações. Não são sinónimos.
    Fala-se de 'verso solto ou branco' quando se está a tratar a questão da rima, nomeadamente de um verso que, numa estrofe ou em todo um poema, não encaixa na combinação de sons associada a um esquema rimático.
    O caso do monóstico é outro: é o de uma designação para uma estrofe constituída por um só verso.
    Comparem-se as situações dos seguintes poemas:


    Não há, portanto, que confundir 'verso solto' com o facto de este estar isolado entre uma sequência de versos e/ou de estrofes; está isolado sim, mas por não rimar com mais nenhum outro.

      E assim o que é unidade (um verso que não rima; uma estrofe com um só verso) passa a dualidade (por se utilizarem dois conceitos para dois domínios completamente distintos).

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