A data impõe-se, mesmo quando o desejo é que ela passe despercebida.
Chego a pensar que o dia tem mais significado para os outros do que para mim.
Na corrente dos acontecimentos, tenho de reconhecer que é muito triste esta atitude de se dar mais importância ao que não se tem do que àquilo que nos dão. Não sei se é de humano, mas é de homem, pelo menos de um... aquariano.
No meio da amizade, de um diploma, de ofertas e de abraços; dos que me procuraram, dos que me esperaram, dos que me ofertaram o pouco ou o muito que pensaram, que fizeram, que compraram; dos que me dirigiram votos em presença ou na distância; dos que me fizeram esquecer o que, por norma, lembro em dor, tive momentos que fizeram a diferença por os querer eternos.
Deram-me música, literalmente, ao som da década de sessenta de um século que já passou:
E no meio de tudo, mesmo quando me recolhia no anonimato da rua, houve quem viesse de pontos tão distantes - e na incerteza do encontro - só para me cantar, com múltiplas vozes e rasgados sorrisos, um alto e sonoro "Parabéns a você". Qualquer transeunte passou então a saber o que não tem de conhecer.
Estive com quem quis, queria e quero... por momentos.
Estive com quem quis, queria e quero... por momentos.
A data continua a impor-se, por tudo o que nela vivi e com o dia a fechar com o melhor que (me) é possível (ter).
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