Quase só para o minuto; porque o mau gosto é total.
Nem quero propriamente acreditar no que vi: a promoção do novo programa "Peso Pesado Teen", no canal de televisão da SIC. Não sei há quanto tempo já está isto a ser difundido, mas era altura mais do que justificada de retirar tal barbaridade.
Aqui está ela:
Das meninas modelo (bonitinhas, queques, com tiques e afetação no falar) aos sonhos que têm do rapaz com quem querem namorar (tão banal e convencionado, segundo padrões muito discutíveis), a progressão argumentativa publicitária é tão deplorável quanto, primeiro, mostrar a reação dececionada das rapariguinhas ao verem um jovem de 117 quilos a oferecer-lhes uma rosa e, depois, pô-las a sorrir, todas contentinhas, com o anúncio de que ele "vai mudar".
É este o mundo em que tudo vale, ultrapassando-se inclusivamente valores sociais, educativos, éticos - em nada contribuindo para a dignidade e o respeito humanos. Verdadeiramente triste é saber que ninguém da empresa televisiva em causa, nenhum dos produtores publicitários tenha tido a capacidade de vislumbrar o que de ridículo, ofensivo e criticável existe no que é dado a ver; é pensar como foram ignorados todos aqueles que sabem como - para lá da exclusiva aparência física e de preconceitos impositivos de modelos, padrões, convenções limitadas e limitativas da realidade -, há motivos e domínios de personalidade bem mais fortes para a construção real dos sonhos e da felicidade consistente das pessoas, Pena que tenham sido usados jovens - com muito para aprender, por certo -, induzindo-os a reproduzir aquilo que, felizmente, nem todos dizem ou revelam comportamentalmente (a bem das regras de sã convivência social e da boa formação pessoal), mas que alguns adultos mal formados querem, por força, ver transmitidos na boca de outros.
Quase um minuto para esquecer. Quase... só para o tempo; o resto é mesmo para esquecer.
Quase um minuto para esquecer. Quase... só para o tempo; o resto é mesmo para esquecer.
Pior do que isto só mesmo uma publicidade da McDonalds que, há anos e a propósito de uma campanha de um produto no valor de um euro, mostrava uma criança a roubar uma moeda colocada no chapéu de um pedinte de rua - tudo para entrar na loja e conseguir comprar o hambúrguer desejado - como se tudo valesse, por mais que a fome (não de hambúrgueres certamente) o justificasse. Lamentável.
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