quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Tão a (des)propósito!

        Há coisas que, de tão sérias, acabam por se tornar ridículas. Alguém assim as faz.

      Com a crescente taxa de infetados do Covid-19, tornam-se necessárias algumas medidas que façam parar a proliferação deste vírus que se alastra, afeta, infeta, mata, sem que se consiga perceber por onde anda. Daí, contudo, a considerar que uma aplicação eletrónica pode ser a panaceia, nem ao Diabo lembra (particularmente quando a aplicação só é ativável em smartphones, nem para todos acessível, ou quando ela depende dos registos nela reportados).
      Anunciá-la como medida fundamental é, no mínimo, questionável; no máximo, discutível e inútil. Diria intolerável, quando de concretização prática não generalizável ou controlável.
      Começo a acreditar na razão de uma letra de canção:

Uma letra de canção "futurista" com uma máscara já anunciada no cantor (imagem colhida do Facebook)

      Conan Osíris, foste um visionário!
    Tudo porque o Stayaway Covid é encarado como uma solução estruturante para a questão. Enfim! (Entre os milhões que vêm da Europa, deve haver verba para entregar a cada português um smartphone compatível com a decisão governamental).

      Não sendo assim, é bom que se saiba que há quem não tenha comida para subsistir quanto mais para ter um smartphone. Há prioridades de ação human(itári)a que não podem passar por decisões segregadoras dos mais vulneráveis. Conceitos e decisões de democracia pouco sociais, viáveis ou sustentáveis.

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