sábado, 10 de novembro de 2012

Nem tudo fica por uma questão de braços

      Perante a questão, a procura.

      Q: A palavra 'esbracejar' é formada por parassíntese? E qual é a base? Braço?

     R: Pela consulta do Dicionário Houaïss da Língua Portuguesa, 'esbracejar' é formada a partir de 'bracejar' (a palavra base ou a derivante), pelo que se trata de uma palavra afixada com um prefixo ([es-]).
       'Braço' pode ter sido base, mas para bracejar. Este termo, que aparece datado como tendo surgido no século XVI, foi formado graças à sufixação ([-ej]a]r]).
      Numa etapa posterior, apontada para finais do século XIX, terá ocorrido a formação 'bracejar > esbracejar'.
        Assim, por existir a forma apenas sufixada, não há lugar ao processo de parassíntese, mas sim o de sufixação, primeiro, e de prefixação, depois - portanto, em etapas distintas da formação.

         Mais um caso em como a consulta de um dicionário etimológico permite eliminar hipóteses mais ou menos intuitivas e/ou generalizadas a partir de analogias nem sempre validáveis.

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