sábado, 17 de novembro de 2012

O poder do coletivo... gramatical

       Porque há reducionismos que não podem perpetuar-se...

      Q: Eu sempre ouvi dizer que um nome coletivo se encontra no singular. Como é que entende que este subtipo de nome apareça nos nomes contáveis, no Dicionário Terminológico?

      R: Começo por fazer um pequeno reparo: o nome coletivo surge, no Dicionário Terminológico, tanto nos nomes contáveis (diferenciáveis em partes singulares ou plurais no seio de um todo, sendo o plural marca de quantificação) como nos não contáveis (não distintivas do todo pelas suas partes, sendo o plural marca típica de qualificação).
      Depois, haverá que reconhecer que, por exemplo, o nome coletivo 'turma' não deixa de ter o plural 'turmas' (tal como equipa / equipas, rebanho / rebanhos, cardume / cardumes, bando / bandos, povo / povos), no entendimento de entidades grupais homogéneas diferenciadas. Acontece, sim, que certos nomes coletivos não admitem, por norma, plural, como é o caso de 'flora', 'fauna': posso falar em diferentes tipos de equipas, diferentes tipos de turmas, diferentes tipos de cardumes, mas não de diferentes tipos de faunas ou de floras (só de fauna ou de flora).
     O facto de a forma singular de uma palavra significar por si só um conjunto de entidades (noção generalizada de nome coletivo) não impede que, sendo possível, se fale dessa palavra na sua variação quanto ao número, para referir diferentes conjuntos dessas entidades homogéneas.

         ... particularmente aqueles que pretendem anular continuidades lógicas que não podem ser anuladas (porque todos as produzimos).

2 comentários:

  1. Gostei muito da gargalhada da Mafaldinha! E aquele coletivo com que termina o seu discurso tem muito que se lhe diga. quando se trata de soberania ou de governo!
    bjinho e bom domingo (em coletivo ou individual)!
    IA

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  2. Até tem. Um coletivo que precisava de dar uma lição bem dada a esses políticos que, ao longo de décadas, decidiram MAL e, ainda por cima, culpando tanto aqueles que têm votado neles como muitos outros que se mantiveram sempre no lado contrário.
    Hoje, pagamos todos pela medida grande, em função das más decisões tomadas e, ainda por cima, sem nenhum tipo de responsabilização para quem nos DESGOVERNOU (alguns até andam por Paris, pelas assembleias ou direções de grandes empresas ou mesmo pelo país milionário que fundaram no próprio bolso).
    Esta democracia é muito pouco gregária.
    Bom domingo.
    Bj

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