As notícias (num apontamento do Jornal das 8, na TVI) deram conta de como, hoje, Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, aplica o plural de 'cidadão'.
Não obstante haver três formas distintas de formar o plural nos nomes terminados em '-ão', e nalguns casos não existir uma forma estabilizada dessa flexão (ex.: aldeão > aldeãos, aldeões, aldeães; ancião > anciãos, anciões, anciães; ermitão > ermitãos, ermitões, ermitães; sultão > sultãos, sultões, sultães), há hipóteses que a gramática não põe: por exemplo, a de cidadão poder ter outro plural senão "cidadãos".
Este é um dos casos de aplicação da regra simples de adição do afixo gramatical '-s' à base singular, num pequeno número de palavras agudas (oxítonas):
Qualquer outra formação do plural, nestes casos, é entendida como crítica, errada, agramatical pelo falante, por mais que ela se aproxime de uma tendência generalizada e/ou dominante na língua (a do contraste singular / plural em 'ão / ões').
Pois um alto representante do país assim trata (mal) a língua! E, depois, pretendem os políticos falar de políticas da língua; impor orientações linguísticas para uniformizar internacionalmente um idioma. Nem ao diabo lembra!
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