Quando se procura abordar questões de História da Língua, na sua evolução fonética, dá nisto.
Particularmente, tudo acontece porque frequentemente se confunde o domínio fonético (som) com o da grafia (escrita) e há a tendência para reproduzir erros.
Q: A propósito dos fenómenos fonológicos de adição, a palavra 'home' é um bom exemplo para dar conta de uma paragoge do 'm' (home > homem)? Obrigado.
R: Naturalmente, não é um bom exemplo, porque nem caso de adição (ou de inserção) se trata.
Tomando como ponto de partida 'home' (que na forma arcaica da língua também teve a variante 'ome'), o que sucede na evolução 'home > homem' não é um caso de acrescentamento sonoro, mas a consideração de um traço de nasalidade na sequência vocálica final. Quando muito trata-se de um processo de nasalização - alteração de uma vogal / sequência vocálica final (coda silábica), a ponto de ganhar o traço nasal [~].
Nesta medida, o 'm' é um simples grafema (letra) para registar, em termos de convenção ortográfica, a nasalidade presente no que poderia ser a representação fonética da palavra: [ˈɔmɑ̃j].
Tomando como ponto de partida 'home' (que na forma arcaica da língua também teve a variante 'ome'), o que sucede na evolução 'home > homem' não é um caso de acrescentamento sonoro, mas a consideração de um traço de nasalidade na sequência vocálica final. Quando muito trata-se de um processo de nasalização - alteração de uma vogal / sequência vocálica final (coda silábica), a ponto de ganhar o traço nasal [~].
Nesta medida, o 'm' é um simples grafema (letra) para registar, em termos de convenção ortográfica, a nasalidade presente no que poderia ser a representação fonética da palavra: [ˈɔmɑ̃j].
E depois disto interessa-me dizer que da forma arcaica 'ome' para 'home(m)' também não houve nenhuma prótese (até porque o grafema 'h' não traduz nenhuma dimensão sonora como, por exemplo, no inglês, marcado pela aspiração).
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