De volta à sintaxe e às funções sintáticas. Assim seja!
Porque há construções que trazem algumas particularidades à análise, aqui vem nova questão, para mais uma resposta.
Q: Na frase "Não gosto que saias sozinho à noite", a oração subordinada completiva desempenha a função sintática de complemento direto ou oblíquo? Quando faço os testes de questionação ou de substituição, inevitavelmente, faço-os acompanhar da preposição "de" - "De que (é que) não gosto?"; "Não gosto disso".
R. Precisamente pelos testes de veri-ficação apontados, trata-se de um complemento oblí-quo.
Contrariamente a outros verbos que admitem variação na transitividade e na construção que configura esta última (nomeadamente com a aplicação de testes que reconhecem essa possibilidade de variação), o mesmo não sucede com a frase proposta, por causa do verbo na frase matriz (GOSTAR). Este implica uma estrutura argumental apoiada no uso de um complemento oblíquo, independentemente da sua configuração. Trata-se, pois, de um verbo transitivo indireto, com a possibilidade de a preposição surgir ou não:
Isto de gostar ou não (seja lá DO que for) não tem variação, por mais que seja omitida a preposição (com ou sem contração).
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