terça-feira, 16 de novembro de 2010

Da morte em tempos de crise.

    Há quem diga que se trata de uma "questão de previdência e planeamento!"

    Não se tratasse de uma situação séria e grave, a tragicomédia não deixa de ser inevitável. Ainda mais quando o tempo é de crise e até na morte (ou na sua manifestação pública) há que poupar em qualquer coisa.


    Que dizer de uma lápide que pode sugerir, por inusitadas razões, um inesperado sobrenome de família; por temporalidade diversa, uma invulgar cronologia de mortes; por contraste, que "Angelina Já Falecida" se distingue de "João" sem mais (diferente de falecido ou ainda não falecido?! Ainda vivo?!); por limitações de memória, uma invulgar caracterização desta última; por extensão da vida, um sinal da(s) crise(s) dos tempos?

    Caso para dizer: poucas graças com a morte e nada de graças à morte... porque nem esta é de graça.

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